Bosque do Amor - RYEJI

34 - Ações e Uma Primeira Vez

geeeeeente, OI?
não vou revisar esse cap pq tem pouco mais de 7 mil palavras, ent se tiver algum erro perdido por favor avisar ou relevar 🤝🏻

🌷

22/07
Ainda no dia do bosque...

Eu nunca me senti tão frustada em toda minha vida, com uma tremenda vontade de apenas me isolar e não querer olhar para mais ninguém. Especificamente, para Ryujin.

Meus olhos ardiam para expulsar as lágrimas enquanto voltava para casa, Ryujin caminhando ao meu lado silenciosamente. Eu estava com o peito apertado e a sensação de ter ferrado com tudo.

Minha mente repetia a palavra "idiota". Estava tão mal que não via a hora de chegar em casa e afundar na minha cama e colocar o choro para fora. Por mais que Ryujin disse que era para conversarmos, eu não conseguia me fazer acreditar que estava tudo bem entre nós. Tinha para mim que nossa amizade deixaria de ser como antes, o que me assustava antecipadamente.

Eu insisti para Ryujin que mamãe levasse-a de volta para casa, mas ela preferiu ir andando mesmo sabendo que era longe. Pedi para que mandasse mensagem quando estivesse em casa. Despedimos-nos rápido, não conseguia olhar em seus olhos. Bati a porta com força sem querer, estava tão alheia a tudo que nem percebi quando minha mão escorregou. Encostei a testa na parede, respirando fundo para acalmar meu coração acelerado – sem sucesso. Culpa tomava conta de mim.

Assim que me sentei no sofá com a visão embaçada de tanto acúmulo de lágrimas, escutei passos e já sabia que era mamãe.

— Ué, filha, voltou cedo. Cadê a Ryujin? — ela sentou ao meu lado e esperou minha resposta.

— Mamãe... — alguns segundos passaram e deixei as primeiras lágrimas caírem, olhando para ela. Minha mãe colocou a mão no meu ombro como forma de conforto. — Eu beijei a Ryujin, mas... ela não gostou disso.

Os olhos dela estavam fixos nas minhas expressões faciais e o cenho franzido. Eu não sabia decifrar o que ela pensou sobre a notícia; apenas joguei a bomba em cima dela, sem nem explicar – diferente de como eu vinha ensaiando há alguns dias. Ela comprimiu os lábios e a mão voltou para seu colo.

Eu só esperava que não tivesse lhe dado decepção.

— Como assim ela não gostou? — perguntou cautelosamente.

— Ela só não gostou... — suspirei, a voz saindo falha devido ao choro. — Quando fui tentar beijar ela a segunda vez, ela me afastou e, praticamente, disse que não gostava de beijos.

— Praticamente? O que você quer dizer com isso? Como ela exatamente falou?

— Foi algo como "beijos são coisas complicadas para mim, porque me lembra do passado". Porra, eu sei que o passado dela é ruim, então sei que mexi com o que não devia e com o que dói nela. — tentei respirar fundo e coloquei a mão sobre o peito, sentindo uma agonia. — Perdão pelo palavrão.

— Certo. E, filha, acho que você entendeu errado o que ela quis dizer. Eu não acho que ela odeia.

— Mas... mas mesmo assim, não era pra ter acontecido. Eu não devia, ainda mais que nem pedi permissão para beijar ela. Tipo, que tipo de pessoa escrota eu sou? — eu chorava olhando para minhas mãos apoiadas nas coxas.

— Oh, filha, não fale assim de você mesma. Você não é uma pessoa escrota só porque seguiu seu instinto, certo?

— Uhum, eu queria muito beijar a Ryujin. Mas é que não perguntei se podia, entende? Eu sei que não fiz do jeito certo.

— Vai ficar tudo bem mesmo assim. — mamãe passou o braço pelos meus ombros e começou um afagar sutil nos meus cabelos. — Caso você ache que ela não vai mais falar com você, eu posso confirmar que não. Ryujin e você são um grude, difícil ela querer ficar longe de você.