capítulo 2

1 0 0
                                    

Meu corpo estava dormente dormente e minha respiração irregular, meu corpo parecia formigar na ponta dos dedos principalmente. Minha cabeça estava girando mas não o suficiente para me causar enjoo, mas mesmo assim estava contente pois tudo que eu acreditava era real. Acariciei visagem que estava lambendo meu rosto. O quarto em minha volta parecia estranhamente mais escuro e apertado. Me levanto e sinto minhas pernas falharem momentaneamente mas sigo até minha mochila e tiro meu drone de dentro dela, ele é pequeno e não sobe tão alto mas o suficiente para olhar o que tem dentro do quarto com auxílio de um lanterna acoplada em baixo com uma câmera na parte de cima. Vou até a janela e abro olhando para os lados para me certificar que não tem ninguém nas proximidades e quando vejo que não tem ninguém, o ligo e o controlo até a janela

O drone voa até a janela e consigo ver um quarto extremamente revirado com o armário jogado chão e colchão rasgado, tudo “normal” quando vejo uma figura humanoide correr para o banheiro. Tento acompanhar, mas quando chego ao banheiro a figura havia desaparecido, trago o drone de volta e começo a notar o'que ficou gravado na filmagem.

Relativamente alto, roupa preta, pele aparentemente branca e o que parecia ser uma bolsa. Será um fantasma? Tento editar a imagem o suficiente para ficar o mais visível possível para guardar fisicamente e na memória. Vejo marcas de mãos com oque parece ser sangue e mais manchas no chão, tendo olhar mais para o quarto mas não consigo ver muito que está lá dentro já que as coisas estão muito reviradas, então desisti e trouxe o drone de volta. O sangue lá dentro não é o suficiente para uma pessoa morrer mas com toda certeza o suficiente para ficar debilitada. Fico na cama sentada fazendo algumas anotações de teorias quando visagem começa a puxar minha blusa até eu deitar e ele deita em meu peito então fecho o caderno e durmo um pouco

Acordo às 9 horas com minha barriga se revirando de fome, visagem estava deitado em meu pescoço, fiquei com pena de me mexer mas minha fome foi maior tentei tira-lo sem mexer muito mas ele acordou e sentou-se do meu lado bocejando. Me banhei. Escovei os dentes, coloquei um moletom de manga curta preto e visto um jeans com all star. Peguei minha bolsa e Visagem pulou novamente para meus ombros então saimos do quarto, passando pela recepção vi uma mulher saindo do hotel. Corro até ela. Me deparo com uma asiática mulher alta usando uma blusa social com saia e cabelo preso em um coque, ela tinha um olhar afiado e reprovador ao me ver segurando seu braço. O solto imediatamente.

-posso ajudar mocinha?

fico nervosa mas logo assumo uma postura direita e puxo um bloco de notas

-claro eu sou repórter e gostaria de lhe fazer umas perguntas, estaria a disposição por gentileza?

-mais uma? Escute senhorita?...

-Ramona

-Ramona, eu estou aqui a serviço do hospital como neurologista e é tudo oque posso dizer no momento. Bom dia
ela tenta se desvencilhar de mim mas me coloco em sua frente

-a quanto tempo a senhora trabalha no hospital

-acabei de ser contratada, e novamente bom dia

-você citou “mais uma” está se referindo a reporte que está desaparecida? oque você sabe sobre ela? e…

ela agarra meu pulso e olha diretamente para mim de cima

-sei que ela era intrometida igual a você e sei que ela enlouqueceu e atacou a porra do recepcionista no hotel e se voce não sair de perto de mim eu vou chamar a policia e te acusar de perturbação do sossego e mande sacrificar esse gato!

Visagem entra em meu capuz. Me sinto acuada mas percebo um cracha. Asami Yamamoto, informação util

-tudo bem, peço perdão

ela me solta e se afasta entrando na parte de trás em um carro prata, fico olhando o carro se afastar e anoto a placa. Olho para trás vendo visagem em meus capuz aninhado, por sorte ele não era pesado.

-ficou com medo foi?

Acaricio seu queixo e vou andando atrás de um restaurante. Andando pela cidade reparo que os únicos cães e gatos que existem são os domésticos trancados dentro das casas e poucas crianças na rua, afinal deviam estar na aula. Finalmente encontro uma lanchonete com um grupo de homens bebendo em uma mesa afastada. La era a estrutura de uma casa com um local aonde ficava a cozinha e um balcão para ser atendido e um salão com mesas, as paredes eram azul claro com detalhes em algum escuro e as típicas mesas brancas e cadeiras de plástico.

Entro e peço um misto quente com suco de maracujá e um pedaço de carne de hambúrguer para meu companheiro. comemos enquanto observo se o trio está sóbrio ou afetado pela bebida, depois de um tempo percebo que eles estão parcialmente sóbrios então termino meu lanche e vou até eles.

-Com licença

Todos se entreolharam e olharam para mim com um olhar maldoso, um deles se ajeitou antes de falar comigo.

-oque deseja princesa?

-ah… que horas são?

Foi uma má ideia.

-9:20 não quer se sentar com a gente?

-não obrigado

-ah vai se senta com a gente gatinha

ele se levanta e vem em minha direção, visagem pula de meu ombro e fica entre nos com as costas arqueadas, pelo arrepiado e dentes amostra. o homem se espantou mas riu logo em seguida olhando para os seus companheiros e avançando quando um homem alto com cabelo longo e roupas rasgadas se pois entre nós, o bêbado era menor que ele e provavelmente se sentiu intimidado pela altura e pela postura do homem, ele limpou o bigode com o dorso da mão e se afastou de nós. O desconhecido se virou para mim e indicou que eu sentasse. obedeci com um leve receio. ele se sentou em seguida.

-você é repórter?

-sou…

-te ajudo por um prato de comida

Paguei a ele um prato de comida. Ele me contou que até alguns meses atrás a cidade era completamente normal, mas um dia os cães de rua começaram a desaparecer, em seguida animais das fazendas próximas e agora os moradores de rua. Sua suspeita era o hospital psiquiátrico que ficava a 30 minutos da cidade, lá eram internados pacientes que supostamente tinham doenças psicológicas, supostamente porque foi denunciado que uma jovem da cidade foi internada por estar se relacionando com outra mulher, a denúncia não seguiu adiante e ele não soube me dizer onde está a jovem mas que a culpa caia sobre a igreja local que tinha muita influência política. A última informação que me disse foi que talvez uma policial chamada Livia Silveira poderia me ajudar, assim que ele terminou sua refeição se levantou e saiu pedindo que eu tomasse cuidado.

Agradeci e fiquei organizando minhas anotações com atualmente dois locais de interesse, a igreja e a delegacia em busca da oficial, e torcendo para que ela me levasse a sério.

Almas do hospital Onde histórias criam vida. Descubra agora