capítulo 4

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ele ficou um tempo andando de um lado pro outro falando em uma lingua desconhecida com visagem miando em alguns momentos, conclui que eles estavam conversando. Ele se sentou depois de um tempo e expliquei para ele o que me levou ali e que acreditava no paranormal desde que era pequena, contei a ele o que era preciso para que entendesse quem eu era. Ele ficou um tempo reflexivo até se levantar.

-então você está me dizendo que abandonou toda a sua vida na cidade grande de São Paulo…

-que não era boa

-para procurar uma possibilidade de uma fantasia de infancia?!

-e que é real, olha você ai! olha o visagem! deve ter alguma coisa nessa cidade de sobrenatural ou algum culto não sei mas aqui tem algo especial

-esse brilho nos olhos me dá medo

-meow

-não, não é boa ideia. Escuta, o paranormal aumenta e se fortalece com o quanto as pessoas.Pessoas normais, sabem, portanto você não pode saber já que com isto você vai por a sua e vidas dessa cidade em risco. Eu estou aqui justamente para tratar desse assunto, então senhorita, você pode ir embora.

Enquanto ele falava movimentava as mão de um lado para o outro como um maestro, quando dei por mim minhas coisas estavam arrumadas e milimetricamente organizadas. Chuto uma das malas

-aé você é tão competente que foi descoberto né bunda mole?

ele fez um movimento como se tivesse arremessado um dardo e imediatamente visagem subiu em meu ombro pondo sua cauda na frente de meu rosto mostrando os dentes para ele.

-gato!

Tentei discutir com ele mas era inútil, ele era extremamente autoritário, e o jeito certinho que ele falava me dava nos nervos. Estávamos discutindo quando ouvimos um burburinho, sai do quarto para averiguar e me deparei com uma onça no andar de baixo, mas não uma onça qualquer, ela estava com diversos ferimentos e desenhos na pele, boa parte dos ferimentos sua carne estava exposta e em outra seus ossos, ela andava de um lado para o outro cercando uma mulher. A onça a atacou segurando seu braço com a boca arrancando um pedaço e mordendo a mais e arranhando, ela não estava atacando pr ase alimentar, parecia atacar por raiva.

-faz alguma coisa!

Ele pegou um pequeno caderno e começou a folhear. Olhei para mulher a vendo ser despedaçada, corri e peguei um extintor de incêndio e desci a escada  e joguei a fumaça do extintor na cara da da onça para afastá-la da mulher oque deu certo, mas sua atenção se voltou para mim pulando em minha direção. usei  extintor para me defender de seu ataque mas cai no chão, pude ver seus olhos avermelhados com boca espumante, seu sangue pingava no chão com uma cor vibrante, mas com um liquido preto saindo de sua cabeça. ela pulou em minha direção mas foi atingida por um tiro na área da barriga fazendo sua atenção sair de mim e voltar para oque seria a ameaça maior.

uma jovem de cabelos ruivo cobertos pelo boné, ela vestia uma blusa preta coberta por uma jaqueta, colete com distintivo pendurado e calças largas, ela carregava uma espingarda. senti um braço agarrar pelos braços e me puxar para cima e em seguida para trás. Era haru, ele um movimento girando a palma da onça para nós. a mulher deu mais alguns tiros na onça que já cambaleava balançando a cabeça, provavelmente totura, ela saiu de um estado agressivo para um estado de medo com seu rabo entre as pernas com uma pata mancando. Olhei para Haru que estava com um sorriso maldoso.

convencido

a policial ficou com a arma apontada e foi se aproximando da outra mulher, minha barriga se contorceu quando olhei para ela

Ela estava com parte de seu rosto faltando, um de seus olhos tinha sido removido com o ataque, seus braços tinham cortes profundos que chegavam em seus ossos, haviam partes sua que a carne estava moída já que a onça focou em algumas partes sua. Ela estava perdendo uma grande quantidade de sangue quando a policial chamou no radio por outros policiais solicitando uma ambulância. Em seguida começou a se aproximar de nós lentamente ficando em nossa frente.

-você engomadinho, pegar isso e ajuda aquela mulher

Ela entregou sua jaqueta para ele e foi ajudar a mulher ela me olhou de cima a baixo em análise

-estanca seu ferimento ou vai perder mais sangue

Foi então que percebi que estava com um corte no antebraço, não tinha percebido antes pela adrenalina e o choque, a obedeci. A chamaram pelo rádio e ela passou mais informações com um tom sério mas calmo. Não demorou muito para onça cair e para os policiais chegarem juntamente com a ambulância, fui levada ao hospital para dar pontos no braço que doía muito agora. Mas pelo menos terei uma cicatriz e uma história legal. Assim que já estava com curativo fui chamada para pela policial para conversar

-oi me desculpa ser tão em cima mas preciso fazer umas perguntas á você

ela tinha uma levemente autoritária mas seu modo de agir foi bem acolhedor

-ah claro sem problemas

-oque foi que você viu? Viu a onça entrar ou algo do tipo?

-na verdade não, eu tava no quarto quando ouvi alguns barulhos e quando saí a onça tava lá, foi bem no tempo de ver a mulher e…

Um flash do estado da mulher passou pela minha cabeça e senti minha meu estômago de embrulhar mas senti uma mão em meu ombro.

-ei tá tudo bem, ela já está sendo tratada não se preocupe.

-bem eu peguei o extintor e usei na onça pra espantar mas ela acabou se voltando pra mim

-olha você é bem corajosa, você não é daqui né?

-não, eu estou aqui a trabalho. Sou repórter.

-tem identidade?

Mostro a ela minha identidade falsa. Se você estiver de perguntando como consegui, eu tenho meus contatos, nada que um clique de mouse aqui e ali não resolva

-será que posso entrevistar você? Acho que você deve saber de bastante coisa

-ah ok tudo bem, mas pode ser depois?

-claro quer tomar um café mais tarde? Umas 6 horas?

Ela assente com a cabeça e entrego a ela um cartão com meu telefone

Sou muito profissional

-prazer Frida sou livia

Ela aperta minha mão e se despede de mim e parto em procura de haru e vi visagem me esperando na recepção em baixo de uma cadeira escondido. Aproveitei que não havia ninguém e pedi que ele me esperasse do lado de fora pra não se meter em encrenca. Procurei Haru por um tempo até finalmente encontrar-lo conversando com um médico que estava estático olhando fixamente para ele antes de se virar e caminhar, me aproximei dele lentamente para não fazer barulho, o médico caminhou até desaparecer virando em um corredor e Haru estalar os dedos, levando um susto ao me ver atrás de si

-você enfeitiçou ele?

-não é da sua conta

-a vai tomar no cu vai, consegui uma entrevista com a policial talvez descubra mais coisa, mas só mais tarde agora ela tá ocupada

Ele deu um sorriso malicioso e cruzou os braços

-que pena pois eu sei aonde ela vai, acho que ganhei

-mas como que você vai? Vai igual um stalker seguindo ela pelas sombras?

Ele pareceu pensar um pouco então me olhou em análise

-talvez você possa ser útil na verdade… tem carro?

sorrio mostrando as chaves

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