dirigimos por um tempo até que vimos uma casa com um celeiro o carro de Lívia parou no portão e ela desceu e foi até a casa andando, aquele local era uma fazenda com uma floresta na parte de trás, ficamos sentados por um tempo esperando ela chegar até a casa para sairmos.
–tá qual é o plano Haru?
-vamos esperar ela entrar na casa e ver aonde ela vai caso saia da casa e vá pra outro lugar, quando ela sair vou lançar um feitiço nela pra ela passar todas as informações pra gente e depois apagamos a memória dela
-meow
-aonde? humana você tem alguma coisa pra ver oque tá longe? ele tá dizendo que tem algo no mato bem ali atras da casa
-tenho pera ai
pego dois binoculos e tento olhar aonde ele apontou e vejo duas figuras corcundas cobertas por terra e lama com uma roupas brancas similares à de hospital, tinham a cabeça raspada e uma numeração no pescoço, uma delas cavava um buraco de baixo da casa enquanto o outro entrava pela porta traseira. Pego um taco de baseball e saio da kombi
vou andando agachada para que ela não me note, tomo cuidado para não fazer barulho pisando em algumas pedras. Passo pelo portão e fico atrás de uma camionete que fica á uns 6/7 metros da casa. Puxo uma pequena go-pró e prendo em minha testa com uma travessa para gravar caso precise mais tarde.A criatura ainda estava cavando quando comecei a me aproximar, agora mais próximo percebo que possui veias negras em volta dos olhos, uma pele palida com manchas vermelhas e bolhas na pele, aparentemente aquela… pessoa? havia se queimado, principalmente no antebraço direito e nas pernas mas o curioso era que sua veste não estava queimada apenas suja de terra, era um ser humana mas de um jeito animalesco, cavava aquele buraco e se arrastava na terra tentando passar, fazia sons e tinha uma respiração acelerada. Me aproximei e ergui o taco o mais alto que pude, a criatura notou minha sombra mas fui rápida o suficiente para golpeá lo na cabeça provocando um desmaio.
Olho pra trás vendo Haru com uma corda em mãos, ele faz um circulo com um indicador na corda e aponta para o ser em nossa frente, a corda sai de sua mão e se enrola em volta das mãos e pés dela. Uma já foi falta a outra que está na casa.
Tento olhar para dentro mas vejo apenas uma area de lavanderia e uma porta que leva a uma cozinha, aceno com a cabeça para ele em direção a casa como questionamento se devemos entrar e antes que ele respondesse ouvimos um grito de pavor e som de disparo, me apresso para entrar mas ele me segura olho para ele mas foi mais forte que eu, corri para dentro.
Chegando na cozinha me agacho próximo a porta, vejo uma sala com sofá e escada bem em frente a porta de entrada com uma porta em baixo, nas escadas tinham duas crianças abraçadas chorando e um jovem de 14/15 anos de cabelos pretos com uma faca na mão e uma mulher em sua frente o protegendo. Olhei para a esquerda e vi próximo a saída livia no chão com aquele ser em cima dela, sua arma estava no chão longe o bastante pra ela não alcançar, corri e golpeie aquele ser que ficou desnorteado mas não desmaiou, livia pegou sua arma e desferiu 2 tiros nele que caiu no chão ainda respirando, livia se levantou, ela tinha um corte no colete e o que parecia ser uma mordida também.
-primeiro, obrigado
Assenti com a cabeça fazendo uma pequena reverência
-Segundo o que você tá fazendo aqui?
-eu… sou dos animais então vim pra cá averiguar
-e o taco?
-vi um lá atrás e fui me defender
Ela não pareceu muito convencida mas aceitou, a família estava assustada mas estava bem. Pegamos aquelas "pessoas" e colocamos na camionete de Lívia, eu ia saindo para a kombi quando ela segurou meu pulso e depois cruzou os braços.
-você me seguiu não seguiu? Tá gravando ainda?
Levei a mão lentamente até a câmera e joguei dentro da kombi dando um sorriso sem graça
-então né? Não resisti a sua beleza - rio nervosa querendo fugir daquela situação- Tá olha eu vim mas
-sinto muitíssimo senhorita, mas nós queríamos apenas fazer nosso trabalho de investigadores. A câmera na testa de minha amiga era porque estávamos testando se estava funcionando, foi um presente meu para ela, já que gosta de fazer trilhas a bicicleta está na traseira da kombi para ver que não é mentira.
Haru se aproxima e me puxa para junto dele, ele era cheiroso e seu suéter era extremamente macio, a mão dele em meu ombro era macia e lisa invés de áspera e calejada como de meu pai, seu ar era agradável quase confortável. Olhei para trás e realmente tinha uma bicicleta lá, não era minha, ele fez uma ilusão? ou tinha feito uma bicicleta do nada?
-se quiser posso mostrar nossos documentos
ela assentiu que sim e eles se dirigiram até a kombi, ele virou rapidamente para mim e deu uma piscadela com um olhar felino. Estava os acompanhando quando vi aquela mesma figura do dia que cheguei, aquela figura corcunda desprovida de qualquer emoção que não fosse pavor, ele estava proximo ao celeiro, não sei porque mas meu corpo se moveu e fui em sua direção.
andei como se uma corda me puxasse
quando estava a poucos metros dele ele começou a se mover, parecia que ele queria ter certeza que o seguiria sem perdê-lo de vista
ele me levou até a floresta, passei pela cerca com arames arranhando um pouco meu braço mas continuei o seguindo, a presença dele era uma mistura pavorosa com calma, pairava uma dúvida se ele era passifico ou não. Ele me levou até um caminho de terra com marcas de pneus de moto, ele estava parado a um metro de mim do lado oposto da trilha, ele olhou para o chão e vi walkie talkie em meio a algumas folhas na grama alta o peguei e senti uma corrente eletrica passar pelo meu braço se espalhando por todo meu corpo seguida por uma dor imensa em minha cabeça fazendo com que soltasse o radio.
Minha cabeça parecia estar sendo esmagada por uma prensa, levei as mão até a cabeça me contorcendo de dor, foi então que vi.
Eu estava em uma sala, parecia ser uma sala de cirurgia, estava deitada na maca com 3 pessoas em minha volta, minha vista estava turva e mente completamente embasada. Eu me debatia com toda a força que tinha aos gritos e soluços, um dos médicos estava com um bisturi na mão e eu estava com um corte na barriga, com a força que fazia conseguia soltar um de meus braços e arrancava o bisturi de sua mão e o fincando em seu olho e peito, um dos médicos ajudava o ferido e o outro vinha em minha direção tentando me segurar mas eu era mais rápida o suficiente para cortar sua garganta com um corte profundo o suficiente para fazer com que ele precisasse estancar com as mãos. Soltei a outra mão e as pernas e corri para fora. Minha vista ficou escura por um tempo, quando voltou estava em meio a mata correndo quando via uma construção, um celeiro, estava correndo com mais duas pessoas e estávamos chegando no celeiro quando senti algo perfurar minha pele da panturrilha, eu tinha levado um tiro, tropecei e caí naquele mesmo caminho de terra. Comecei a me arrastar mas senti algo segurar minha perna, olhei para trás e vi uma arma apontada para minha cabeça e então o disparo.
minha cabeça doía tanto que já estava gritando de dor, voltei a minha realidade vi livia correndo em minha direção eu me debatia, ela se ajoelhou no chão e me pegou no colo e me abraçou, era um abraço tão apertado e caloroso, não sei por qual motivo mas comecei a chorar, aquele tiro parecia ter sido tão real. Haru correu em nossa direção ele ficou parado me encarando ate que se ajoelhou e fez um circulo com o indicador e tocou em minha testa e foi então que a dor passou, senti meu corpo tão pesado a ultima coisa que senti foi meu corpo sendo levantado e ver aquele pavoroso observador.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Almas do hospital
Paranormaluma jovem adulta resolve fugir de suas responsabilidades e de seu pai indo atrás de uma cidade aonde segundo suas pesquisas existe relatos do sobrenatural aonde um novo hospital foi construído nas proximidades da cidade. acompanhada de um gato ela t...