10- Somos um Caso Sério

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Eu sei que eu já mencionei várias coisas do Fábio aqui, que ele é chato, insuportável e até carinhoso as vezes, mas, o que me irrita de verdade é a mania dele de não se importar com as coisas, quer dizer, o fato dele não estar nem ai.

Como ele mesmo diz, o que foi feito, feito está e não se pode voltar atrás, mas nesse caso, eu é que queria voltar atrás, continuem me achando idiota, bobo, sem noção por não aproveitar, mas eu sou assim, sempre penso no que pode e o que não pode acontecer, é uma coisa minha e nesse caso eu fico ainda mais preocupado.

É normal, ainda mais quando vemos situações diferentes em diferentes pessoas, mesmo não nos importando muito, estamos sempre buscando uma maneira de levar isso, tipo, o que acontece com outras pessoas, é uma forma de abrimos os olhos para o que está e não está acontecendo.

Essa coisa de amigo hétero tendo "relações" com o amigo gay, é algo tão clichê, que já vi e ouvi várias vezes, mas nunca pensei que aconteceria comigo, não com o Fábio. Na verdade a nossa vida é um ciclo, um ciclo que dá voltas e voltas e repete as mesmas situações com várias pessoas, é uma coisa complicada e confusa demais, ainda mais para explicar.

Quando o Fábio finalmente saiu do banheiro, molhado, com agua escorrendo pelo seu corpo grande e másculo, cabelos molhados, toalha enrolada na cintura, parou... É quase impossível não olhar pra aquele corpo, não que eu seja um tarado, talvez um pouquinho só, mas sinceramente, quem não olharia, até o mais hétero dos héteros olharia e se vacilasse com certeza babaria.

Ele me olhou de forma sínica, eu digo sínica pois aquele reação dele não era normal, ainda deu um sorriso de leve e secou o corpo, colocou uma cueca, virou o rosto para trás e perguntou se eu não iria tomar banho.

Quando eu finalmente consegui olhar no relógio já se passava das onze da manhã, entrei no banheiro e claro que não consegui tomar banho sem pensar nele, e sem sentir também pois aquela cobra que ele carrega no meio das pernas me deixou todo moído, judiou do meu corpo e abusou, mas não dá pra negar que eu adorei. Acho que o primeiro sentimento é sempre o de negação.

Quando saí do banheiro, ele não estava no quarto, a cama continuava bagunçada e melada, eu estava vestindo minha cueca quando a porta do quarto se abriu, achei que fosse o Fábio e continuei vestindo, me virei e dei de cara com o Henrique me olhando.

- é.... me desculpa eu...e....eu achei que poderia entrar - falou sem graça

- sem problemas. O que quer? - falei ajeitando a cueca no corpo

- vim... vim te pedir desculpas pelo o que o Carlos fez, só queria me desculpar e dizer que você continua convidado para a festa e o casamento - falou

- não sei se é uma boa ideia, até por que, o calos é a noiva né, deixou bem claro que eu estava desconvidado - falei

- Davi, eu sei que essa briga entre vocês já tem anos, mas acho que está na hora de crescer. Além do mais você é uma pessoa importante pra mim - falou sorrindo

Confesso que ele estava bonitinho com os braços cruzados, sem graça, totalmente sem graça por eu estar de cueca ali. Vale ressaltar que tenho as nádegas bem volumosas, até que eu gosto, chama a atenção, até por que, não sei se falei, mas eu já fui "cheinho", mas acabei ficando com medo de engordar e emagreci.

- eu vou pensar, sério mesmo - falei

- tudo bem, eu... eu espero ver você hoje à noite - falou sorrindo

- tudo bem - falei

Ele ficou ainda me olhando e logo saiu do quarto fechando a porta devagar. Coloquei uma roupa e desci, Fábio estava sentado conversando com meu pai e o que mais me chamou a atenção foi o fato do meu irmão está junto, e o pior de tudo, rindo.

Meu Hétero FavoritoOnde histórias criam vida. Descubra agora