17-Ciúmes, Briga e Sexo

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Eu acho engraçado quando as pessoas dizem: "A Vida é mesmo uma caixinha de surpresas", não por não concordar, mas por que de certa forma faz sentindo e isso é um pouco estranho diante dos meus pensamentos.

A vida é realmente uma caixinha cheia de surpresas, de idas e voltas, de uma magnitude jamais vista.

Naquele dia, conseguimos nos acertar novamente, voltamos à estaca zero e tudo estava como antes. De acordo com que o tempo ia passando as coisas iam melhorando entre nós dois e de certa forma piorando, no sentindo da vida, de que nem sempre somos felizes.

Os pais do Binho não estavam mais de cara feia ou coisa do tipo, eles conversavam com ele, ligava e até pensou em devolver o carro mas o Fábio não aceitou e nem eu deixei, não por ser ruim da minha parte, mas por que não é comprando alguém que teremos o amor e o respeito que merecemos.

O pai dele me convidou para o almoço de aniversário da mãe dele, mas eu recusei, não venho fazendo isso para parecer a vítima, eu simplesmente quero dar tempo ao tempo e não acho que vai ser aparecendo em uma festa com muita gente fina e conhecida dos pais dele que eu vou consegui mostrar quem eu sou, e de antemão, já vim pensando em evitar qualquer tipo de briga.

Pode não parecer, mas eu sou uma pessoa que não gosta de brigas, detesto ver gente se engalfinhando por ai e fico extremamente chateado quando acontece perto de mim, não é quebrando a cara um do outro que vai resolver as coisas. Não que eu nunca tenha brigado, já briguei e muito, mas hoje eu prefiro não aderir a esse tipo de coisa.

Recusei bonito o convite, agradeci mas disse que não seria nada conveniente da minha parte aparecer, muito menos seria agradável pra eles contar que o filho deles é gay e não quero mais brigas entre eles e o Binho agora que as coisas se acertaram.

Continuei com minha vida básica, O natal já havia passado e estávamos beirando o ano novo. Fábio foi comemorar com a família dele e mais uma vez eu fiquei com a Sara e o Sérgio, passei com eles. No ano novo decidi que iria fazer um jantar e convidei meus amigos, e claro que eu fiquei chateado por não ter passado o natal com o Fábio, seria nosso primeiro natal juntos e isso não aconteceu, foi frustrante e mais uma vez eu engoli em nome da paz.

Convidei meus amigos para o ano novo lá em casa, decidi decorar a casa, arrumar tudo e fazer uma festa de ano novo a caráter, mesmo que fosse me custar uma grana boa, mas iria me dar ao luxo de comemorar pois nos outros anos eu acabei não comemorando como queria.

Estava tudo combinado, eu comecei a arrumar a casa com a Sara e o Sérgio que me ajudavam, Fábio havia saído para comprar comida e bebidas pois os amigos dele também decidiram vir, e uma coisa estava me incomodando. O Fábio conheceu um rapaz na turma dele, entrou na faculdade para completar o curso e acabou ficando na mesma turma, ficaram muito amigos em pouco tempo. Até então eu não falei nada pois achei que era apenas mais um amigo.

Dia 31 de dezembro de 2011 caiu em um sábado e um dia antes, na sexta, o Fábio foi jogar bola pois no sábado todos estariam ocupados e tudo mais. Ele me chamou, mesmo tendo muitas coisas para fazer eu fui, lá estava ele, lindo e todo gostoso jogando e o amigo dele lá na cola jogando junto, o Rafael. Ele ficou toda hora alisando o Fábio, passando a mão nas costas, nos braços e ria, e o Fábio apenas ria juntos enquanto os outros rapazes ficavam gritando e falando as merdas de sempre.

Fiquei mais do que com raiva, óbvio que eu não consegui controlar o ciúme que eu estava sentindo, ele estava descaradamente tirando casquinha do Binho, e falando em Binho, só eu tenho esse costume de chamar ele assim, e o dito cujo do Rafael, passou a chamar ele de Binho.

Ele continuou alisando, dava tapa na bunda de vez em quando, começou passando a mão no peito e eu só observando, mas chegou uma hora que eu não aguentei e ao invés de ir lá e enfiar a cara dele na grama, eu apenas fui embora sem falar com ninguém, peguei um ônibus que estava lotado por sinal e fui embora, só sei que demorei pacas para chegar em casa pois a peste do ônibus ainda quebrou.

Meu Hétero FavoritoOnde histórias criam vida. Descubra agora