Capítulo 13 - Decisões

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Notas: Boa noite, amigos! Aqui está o capítulo de hoje, espero que vocês gostem! Ah, antes que eu esqueça, obrigada por toda a interação que vocês têm com minhas histórias, isso me deixa muito feliz e é o que alimenta cada vez mais a minha vontade de escrever! Prometo recompensar isso da melhor forma que eu conseguir!

Ah, gente! Estou pensando em montar um grupo para ajudar escritores e/ou futuros escritores de SPANKING (não sexual) que QUEREM ajuda para desenvolver alguma história, ou saber um pouco sobre o tema. Lembrando que não tenho um conhecimento vasto sobre isso, mas acho importante compartilhar o pouco que sei. Mas ainda estou pensando numa forma de fazer isso mantendo a privacidade de todos aqui, portanto não sei se dará certo, mas caso alguém tenha interesse, estarei disposta a auxiliar!

**O capítulo foi revisado, mas provavelmente deixei algum erro de digitação passar batido, então apenas o ignore.

**Não se esqueçam de votar e de comentar! Isso é importante!

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- Você só pode estar brincando, não é? – Vincenzo questionou, encarando Alessia nos olhos, sabendo que, no momento, não era a criança quem estava ali.

- Eu não brinco com coisas sérias, Vincenzo – A bruxa lhe respondeu, sentando-se calmamente na cama, que era pequena demais para o seu tamanho, mas devidamente confortável para Alessia – Você deveria saber que tudo tem um preço, afinal seu trabalho é cuidar de finanças, não é?

O ruivo passou uma das mãos pelos cabelos, sem acreditar na proposta que, na sua humilde opinião, era extremamente sem escrúpulos. Vincenzo acreditava que aquilo não daria tanto trabalho para a bruxa e ela deveria saber, se fosse esperta, que o homem não aceitaria ter responsabilidade sobre outra criança, afinal acreditava fielmente que não era esse o seu propósito.

- Eu não irei me responsabilizar por Alessia. Isso está completamente fora de questão – Ele afirmou, balançando a cabeça de forma negativa.

- Você tem vinte e quatro horas para tomar uma decisão – A voz da menina aumenta alguns tons e ela caminha passivamente em direção ao homem, que dá passos inseguros para trás – Caso contrário, não terá o seu filho de volta.

Antes que Vincenzo pudesse iniciar um debate, Alessia cai de joelhos no chão, mas dessa vez seus olhos se mantêm aberto e mudam a cor apenas em alguns segundos. O sr. Ricci solta um suspiro pesado, carregado de frustração, sem acreditar que a bruxa havia ido embora – como sempre fazia – sem nem lhe dar tempo para questionar as atitudes se propostas dela.

O homem se aproxima de Alessia vagarosamente e a ajuda se levantar do chão, sem se preocupar se ela se machucou no processo. A transição entre criança e bruxa parecia ser dolorida, mas Alessia – A verdadeira Alessia – parecia entrar em transe quando estava no "modo bruxa" e, quando voltava ao seu normal, nunca se lembrava do que aconteceu durante esse tempo. Vincenzo sabia – depois de ler muito sobre o assunto, como sua mãe havia pedido – que alguns corpos serviam apenas de abrigo para espíritos de bruxas que já se foram ou que não podem demonstrar sua verdadeira face. Alessia era apenas uma casca... e ele ainda não entendia o porque ela havia sido escolhida para isso.

- Você está bem? – Perguntou, lhe guiando para a cama.

- Acho que machuquei os meus joelhos – A menina reclama com a voz baixa e levemente embargada, só então Vincenzo nota o quanto seus olhos estão marejados.

- Vou pedir para que Petra cuide disso, ok? – Ele avisa, ajudando Alessia a deitar na cama e lhe cobrindo.

- Tudo bem, eu vou esperar ela...

- Acho que você deveria já praticar a paternidade cuidando do joelho dela – Uma voz completamente diferente fez Vincenzo virar para a porta e dar de cara com uma mulher que ele nunca havia visto em sua vida. Ela estava apoiada no batente da porta de forma relaxada, seus cabelos de um tom vibrante de vermelho escorriam graciosamente pelos ombros e cobriam seus seios. O ruivo desviou o olhar ao perceber que a mulher estava completamente nua, mas sua postura confiante e à vontade sugeria que a sua nudez não era motivo de preocupação ou constrangimento para ela – Ah, é apenas um corpo. Não se preocupe, Vincenzo. E, antes que me pergunte, meu nome é Morgana Winifred... e eu sou a bruxa que estava ocupando esse corpinho minúsculo...

Sua voz era extremamente suave e Vincenzo viu-se obrigado a encará-la novamente, tomando todo o cuidado para não desviar seu olhar para além do que lhe era permitido, afinal ele considerava aquilo uma falta de respeito e, apesar de ser grosseiro, seu pai havia lhe ensinado a ser respeitoso. Por sorte, a pequena Alessia estava deitada de costas e sua respiração lenta indicava que ela havia dormido.

- Morgana Winifred... – O ruivo repetiu o nome que a bruxa havia apresentado, se movendo até uma das prateleiras e pegando um lençol branco – É melhor você se cobrir com isso – Ele estende o pano para ela.

- Eu esqueço o quanto vocês, humanos, tem pudor – Ela resmungou, pegando o lençol e o enrolando no próprio corpo, mas logo voltou sua atenção para Vincenzo, que notou o quanto seus olhos era bonitos, apesar de ainda carregarem o tom vermelho de sempre – Na verdade, sua energia não é apenas humana... eu não havia notado que você é um bruxo, Vincenzo.

- Então você não é tão esperta quanto parece – Respondeu, cruzando os braços.

- Tem razão, eu não sou – Morgana sorriu, expondo os dentes perfeitamente brancos e alinhados – Eu preciso ir. Se você tomar uma decisão, é só me chamar pelo nome. Estarei atenta.

A mulher fez um movimento com as mãos, fazendo uma pequena fenda se abrir no piso. Vincenzo observou a cena em silêncio, afinal nada mais o surpreendia. Ele havia visto tantas coisas nos últimos dias...

Antes que a bruxa possa passar pela fenda, Vincenzo lhe segura pelo braço, a fazendo lhe encarar com surpresa.

- Ainda não terminamos de conversar – Ele murmura e Morgana apenas altera o olhar entre seu rosto e a mão que a segura suavemente pelo braço.

- Eu já falei as minhas condições, sr. Ricci. Nada do que você disser me fará mudar as condições – Sua voz sai um pouco mais firme e, sem esforço algum, ela puxa o seu braço das garras de Vincenzo – Eu estarei desafiando algumas leis e quebrando uma magia poderosa para trazer o seu filho de volta a vida, então o mínimo que você deve é pagar o preço.

- Eu faço qualquer outra coisa, mas não me obrigue a cuidar de Alessia... eu não sei o que essa garota tem de tão importante, ou o que ela representa pra você, mas pra mim ela não tem valor algum e não quero ter responsabilidades paternais com ela... não depois de ter o meu filho de volta.

- Ah, você não sabe o que ela tem de tão importante? – Morgana sorriu novamente, mas dessa vez foi algo sem humor algum – Você não é tão esperto quanto parece – Ela repetiu as palavras que Vincenzo havia dito a alguns segundos, fazendo o homem soltar um suspiro pesado.

- Isso não sana nem um pouco das minhas dúvidas, srta. Morgana.

- Pense, Vincenzo. Pense. Alessia deveria ter tanta importância pra você quanto Benício.

- Eu ainda não estou entendendo.

- Você não é mesmo tão esperto quanto parece – A bruxa escorregou pela fenda e sumiu em alguns segundos, fazendo o piso do quarto voltar ao normal.

Vincenzo respirou fundo e apertou os olhos com certa força, voltando a passar uma das mãos pelos cabelos, que já deveriam estar completamente brancos devido a todo estresse que ele tem enfrentado e agora ele tinha apenas vinte e quatro horas para tomar uma decisão...

O homem olhou para Alessia. A menina havia mudado de posição e agora estava com o dedo na boca, respirando compassadamente. Vincenzo avaliou todas as suas ações durante alguns segundos, tentando visualizar um futuro próximo... um que seu filho estivesse presente e outro que seu filho estivesse ainda morto... ele não esperaria as vinte e quatro horas e talvez ele se arrependesse amargamente da decisão que tomaria...

- Morgana – Ele chamou a bruxa, esperando que ela viesse depressa – Eu já tomei uma decisão. 

A garota em minha portaOnde histórias criam vida. Descubra agora