Capítulo 5 - Livros

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Olá, amiguinhos! Trouxe mais um capítulo pra vocês, espero que gostem!

**Irei corrigir os erros de digitação em breve! Boa leitura❤️
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No momento imediatamente anterior ao qual Vincenzo pudesse tomar qualquer ação ou articular uma palavra em relação ao que havia acabado de ouvir, Alessia emitiu um suspiro carregado de intensidade e desabou abruptamente no solo, rendendo-se por completo à sua inconsciência. Tal situação inesperada provocou uma breve onda de susto no milionário, que, no entanto, permaneceu imóvel, fitando fixamente a pequena figura prostrada sobre o piso. A respiração dela era profunda e ofegante, seu corpo demonstrava uma agitação incontrolável, apesar de todas as circunstâncias.

O milionário passou as mãos pelos cabelos, sentindo os fios roçar em seus dedos e só então, agachou-se e pegou a menina no colo. Apesar de estar sendo muito bem alimentada, seu corpo ainda continuava leve demais, ainda era possível ver suas costelas e os ossos do ombro. Era como se algo ou alguma coisa sugasse a energia de Alessia a todo momento e aquilo começou a intrigar o homem.

Após um passo lento e cuidadoso, Vincenzo direcionou-se gradualmente em direção à sua cama, depositando a criança ali com extremo zelo. Observou-a por mais alguns preciosos segundos antes de deixar o quarto, adentrando o caminho rumo à biblioteca, localizada no último andar, como que por uma coincidência intrigante. O milionário encontrava-se envolvido em uma voragem mental incessante, uma torrente de pensamentos que se entrelaçavam e se dissipavam sem encontrar resolução concreta. Aquela criança estava desafiando todas as suas convicções, abalando até mesmo suas incertezas mais profundas; ele começava, de fato, a vislumbrar o espectro da insanidade à sua volta. Surgiam questionamentos inquietantes em sua mente: talvez Alessia fosse meramente uma criação de sua própria imaginação, um ser fantasmagórico nascido de sua própria psique. Ou, quem sabe, ela possuísse dons ocultos, tal qual uma feiticeira, e talvez, justamente talvez, estivesse correta ao afirmar sua própria natureza bruxa. Esse dilema infundia-lhe medo e confusão. Ele não se reconhecia como bruxo, recusava-se a aceitar essa realidade. Os contos de fadas eram meros devaneios ilusórios aos quais ele nunca havia se entregado, mesmo após as palavras de Clement, o padre, que afirmara a existência de criaturas além dos seres humanos neste vasto mundo.

O homem subiu as escadas com calma, ouvindo as madeiras já velhas rangerem a medida em que seu sapato tocava o assoalho. Vincenzo raramente frequentava a biblioteca. Aquele espaço carregava um significado especial para seu falecido pai, e pisar naquele cômodo trazia consigo uma melancolia avassaladora... era doloroso lembrar, as memórias eram um fardo pesado a carregar. Seu pai fora um homem notável, e Vincenzo ansiava por ter tido mais tempo para desfrutar de sua presença, desejava ardentemente que seu pai testemunhasse suas próprias realizações... ansiava que ele tivesse tido a oportunidade de conhecer seu filho, o pequeno e adorável Benjamin... Meu Deus, será que Alessia realmente possuía a capacidade de trazer a criança de volta? Seria isso sequer possível? Vincenzo encontrava-se inundado por uma enxurrada de questionamentos, uma constelação de incertezas que obscurecia seu pensamento.

A imponente porta de mogno foi aberta com um rangido, fazendo com que o homem soltasse um espirro involuntário em resposta à nuvem de poeira que se dispersava pelo ar. Acionou o interruptor de luz, revelando o esplendoroso lustre que pendia do teto, suas lâmpadas incrustadas em filamentos dourados, enchendo o ambiente de um brilho resplandecente. O piso, já desgastado pelo tempo, exibia pequenos amontoados de poeira, assim como as imensas estantes abarrotadas de livros. Vincenzo inalou profundamente, capturando o odor característico de mofo que impregnava o local, antes de fechar novamente a porta e dirigir-se a um dos armários disfarçados, cuja aparência enganava ao ocultar uma pequena porta secreta. Ao abri-la, deparou-se, finalmente, com o escritório de seu falecido pai. As lembranças o envolveram como um abraço afetuoso, trazendo consigo uma onda de nostalgia.

A garota em minha portaOnde histórias criam vida. Descubra agora