13 PARTE 1

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Quinta-feira, 6 de março de 1962

Hemlock Grove, Massachusetts






















































Depois disso ele me mostrou o sumo sacerdote Josué diante do anjo do Senhor, e Satanás, à sua direita, para acusá-lo

Zacarias 3:1





































Era por volta das onze e meia da noite, talvez, eu estava deitada sobre a grama verde que parecia uma nuvem embaixo de mim, uma nuvem fofa e aconchegante. O mesmo vento que batia nas árvores e balançava as plantas chegava até mim com um cheirinho totalmente reconhecível de chuva, indicando que uma queda d'água estava chegando

Me apoiei sobre meus cotovelos para ver o que estava acontecendo ao meu redor e vejo Billie saindo do riacho com metade da camisola molhada e nas mãos uma flor, uma pequena margarida branca com miolo amarelo e duas pétalas faltando, ela me entrega sorrindo de orelha a orelha e me dá um selinho demorado nos lábios, aquela pequena sensação faz o local formigar, querendo mais, mas eu resisto a tentação de puxá-la para um beijo porque sei, que se a puxar, não irei parar e isso vai se transformar em algo mais

Com a margarida em mãos eu olho a flor percebendo cada detalhe intrínseco dela como seu miolo, que era maior do que o normal, ou uma folha morta que estava pregada ao seu caule. O vento balança a flor arrancando mais uma pétala

- não - Billie fala com um biquinho - era para ser perfeita, para você

- ela é perfeita - levo a flor até o nariz de Billie fazendo com que ela sinta o cheiro, a mesma espirra com o pólen - perfeita igual a você, e doce também

- mas eu não sou doce - ela fala rindo

- é sim - encosto meus lábios em seu nariz dando um beijinho na ponta e digo sem me afastar - quem te prova sou eu, se eu digo que é doce, é doce

- então tudo bem, senhora O'Connell

Billie dá um sorriso safado e devagar vai se inclinando, seus olhos estão nos meus e sua boca está tão perto da minha que consigo sentir seu hálito de hortelã, aos poucos vou me inclinando para trás e quando já dei por mim estava deitada com Eilish em cima de mim, apertei sua bunda a fazendo arfar

- Assim, neste cenário efêmero e vasto, tecemos histórias com fios de ouro, onde o amor e a paixão são o enredo, e o coração, o poeta apaixonado - pronuncio as palavras baixinho para ela

- é um poema tão lindo - Billie sorri - agora é a minha vez. Na escuridão do quarto em chamas, pele que anseia por fricção, desejo latente. Lábios que exploram caminhos de fogo, sussurros que acendem, sem medo, sem implorar.

Sob a luz suave da lua, ela segurou delicadamente meu rosto, nossos olhares se encontraram com uma doce cumplicidade. Em um momento sereno, seus lábios tocaram os meus como pétalas de rosa dançando ao vento, um beijo romântico e calmo que selou o instante como se o tempo tivesse decidido fazer uma pausa para testemunhar aquele amor

Ela pegou minhas mãos, que estavam em sua bunda, e as segurou em cima de minha cabeça me encarando com um ar safado, seus lábios depositaram um beijo molhado no canto de meus lábios, desceu para minha clavícula e parou em meu pescoço, inclinei a cabeça para o lado lhe dando mais espaço, ela sugou minha pele um pouco forte me arrancando um gemido e depois deu uma lambida e um beijo

HOLY • B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora