Máfia Mexicana - Simone e Soraya

Chapter 01

Eu estava em desespero. Como eu arranjaria uma noiva em duas semanas? "A famosa Simone Tebet surge com sua noiva após nunca ter se relacionado emocionalmente com nenhuma de suas acompanhantes." Isso não faz sentido.

- Não, não, não e não. Definitivamente não, Joseph. Isso não tem lógica. - Eu andava de um lado para o outro inquieta. A ansiedade me consumia naquele momento.

- Me desculpe, Tebet, mas não tem outro jeito. A palavra já foi dada. Agora o problema é seu. E lembre-se, duas semanas. - Meu irmão falou aquilo e saiu pela porta do meu escritório com uma expressão séria e fria.
Agora tudo estava em minhas mãos...
Sentei-me em minha poltrona e coloquei minha cabeça para funcionar. Eu não poderia simplesmente contratar uma mulher qualquer para ser minha esposa, não mesmo. Preciso de uma mulher pura, com um histórico perfeito, pois todo mafioso necessita provar que tirou a virgindade de sua esposa. Porém, no mundo em que vivemos, isso é meio difícil de encontrar.

- E então, o que ele queria? - Ana Paula entra em minha sala novamente sem bater.

- Já avisei que não gosto que entrem em minha sala sem bater, Ana Paula. Na próxima vez, já sabe - A morena à minha frente era minha guarda-costas particular, aquela que vai a todo lugar comigo, e bem, ela tem alguns privilégios, se é que me entende.

- O que deu em você? Vejo que a conversa com seu irmão não foi muito agradável - Ela fala como se não tivesse ouvido minhas palavras.

- Ele quer que eu me case - Falei simplista.

- O QUE? - arregalou os olhos, totalmente incrédula.

- Isso mesmo que você ouviu.

- Não, Simone, você não pode fazer isso com você, comigo...

- Oh, faça-me o favor. Não é porque a gente fode algumas vezes que você tem o direito de opinar em minha vida ou dizer o que eu vou ou não fazer - Vi ela se encolher. Eu sempre soube dos sentimentos de Ana Paula por mim, porém sempre me fiz de cega.

- E já sabe onde irá encontrar uma noiva tão em cima da hora?

- Você sabe que não é fácil assim. Para ser a esposa de uma pessoa da máfia, tem que ter título, um histórico bom e pureza.

- Desista - Ela falou divertida.

- Porém, eu tenho contatos e posso muito bem usá-los ao meu favor.

\No outro dia/

- Amanhã teremos a inauguração da empresa, e como somos aliados, não podemos faltar em hipótese alguma. - Falei, enquanto cortava as frutas em meu prato.

- Que horas preciso ir ao salão? Não posso aparecer de qualquer jeito. - Minha tia falou mesquinha, como sempre. Eu não a suportava.

- O que houve com você, Simone? Está muito estranha desde o jantar de ontem. - Daniella falou preocupada.

- Eu queria ter falado antes, mas eu estava muito perturbada. Mas EU vou me casar. - Minha tia e minha prima arregalaram os olhos, desacreditadas.

- Como assim? Do que você está falando? - Regina perguntou.

- Tia, você sabia desde o início que, para ser oficialmente A Dona da Máfia Mexicana, preciso me casar. Então, não venha se fazer de sonsa. - Falei gélida.

- Simone, por favor, não desconte em terceiros suas frustrações. Nós não temos culpa de suas obrigações e deveres. - Minha prima falou incomodada pela forma que tratei minha tia. Mas, para falar a verdade, esse era meu grande defeito, e eu precisava aceitar isso.

- Estejam todos prontos às 18 horas, sairemos cedo para não voltarmos tão tarde. - Por fim, saí da mesa e fui direto para o meu escritório.

[>>>]

Eu estava sentada em uma mesa com minha taça de champanhe em mãos quando avisto ninguém menos que Heitor Thronicke e suas filhas. Com pressa, levanto e vou apressadamente até ele.

- Senhor Thronicke, que prazer revê-lo.

- Tebet, quanto tempo - Ele acena com a cabeça.

- São suas filhas? Faz tanto tempo que não as vejo que já esqueci de como são - Falei como se não quisesse nada.

- Essas são Deborah e Laura Thronicke - Ele falou orgulhoso.

- Lembro-me que o senhor teve 3 filhas. Onde se encontra ela? - Perguntei e realmente não a vi por perto. Ela foi a única que não sumiu de minha memória, Soraya Thronicke.

- Ah, essa menina sempre me dando dor de cabeça - Sua feição mudou gradativamente após tocar no nome da terceira filha.

- Senhor Thronicke, eu tenho uma proposta para você. Preciso que me informe se tem interesse - Falei séria.

- Sobre o que exatamente? - Perguntou interessado.

- Suas filhas. - Deborah e Laura, me comiam com os olhos. Elas não tinham carisma, muito menos exalavam elegância. Estavam literalmente vestidas de forma vulgar.

- Bom, então que dia está melhor para você? - Ele me perguntou atropelando suas palavras, parecia com pressa.

- Na sexta-feira, às 15 horas, está bom para você? - Perguntei sugestiva, mesmo sabendo sua resposta.

- Está ótimo. Te espero até lá - Ele falou com um brilho nos olhos, e pude jurar que ele queria se livrar de suas filhas. Apenas acenei e voltei para minha mesa. Meu irmão, minha tia e minha prima estavam se divertindo bastante com os colegas de trabalho, então não interrompi. Apenas fiz um gesto de ir embora e fui para casa.