Quando achei que não tinha adiantado, meu cabelo começa a brilhar e mostrar onde era a saída. Nos entreolhamos e nadamos até o local. Vegas não demorou muito para começar a retirar as pedras e no fim conseguimos escapar, caindo em um rio
- Conseguimos! - Digo sem forças a margem do rio.
- O cabelo dele brilha...! - Ele estava falando sozinho?
- Vivo... Eu tô vivo! - Me levanto e vou sentar em uma pedra.
- Eu não podia imaginar... O cabelo brilha mesmo! - Ele fala com teatae.
- Vegas! - O chamo - Vegas.
- Por que o cabelo brilha?
- Veeegas! - Grito.
- O quê!? - Me olha assustado
- E não é só o brilho, tá? - Sorri ladino.
- Por que tá sorrindo pra mim? - Dei de ombros indo mais adentro na floresta.
Logo sou acompanhado por ele. Decidimos ficar aqui mesmo por essa noite, onde tinha algumas pedras rochosas para nos apoiar e galhos para fazer a fogueira. Depois de tudo, o chamo para sentar de frente a mim. Pego sua mão machucada e uma mecha do meu cabelo para enrolar em seu machucado
- Você tá sendo muito misterioso amarrando seu cabelo mágico na minha mão machucada... - Aperto sua mão. - Agh!
- Desculpe. É que, eu não... Quero que se apavore. - Falo com medo e suspiro antes de começar - Brilha linda flor, teu poder venceu. Trás de volta ja, o que uma vez foi meu, cura o que se feriu, salva o que se perdeu... - A medida que ia cantando, o cabelo ia brilhando.
Confuso, Vegas vai tirando a mecha que estava enrolada em sua mão arregalando os olhos a medida em que analisa toda sua mão e vê que ela estava perfeita, sem nenhum machucado ou arranhão. Quando vejo que ele vai gritar, digo:
- Não se apavore! - Ele grita em forma de sussurro.
- Não tô apavorado! Você tá apavorado? Não, só tô interessado no cabelo e nas propriedades mágicas que ele possui... - Fala desesperado - Desde quando você faz essa parada?
- Ah, eu acho que desde sempre! A mamãe diz que quando eu era bebê as pessoas tentavam cortar. Elas queriam cortar pra levar, mas, quando cortam, ele fica castanho e perde o poder - Mostro uma mecha na parte de trás, que estava castanha e cortada.
- Um dom como esse a gente precisa proteger. Por isso que a mamãe nunca me deixa - Paro por um instante - Por isso que... eu nunca saí da... - Não consigo terminar por vergonha, e sem querer o olhar, olho para o outro lado.
· Nunca saiu daquela torre? - Confirmei. - E você ainda vai voltar?
- Não! - O olho.
-Sim... Ah, é complicado - Coloco meu cabelo para trás e cubro o rosto com as mãos. Sinto Macau se encostar em meu pé - Ah, então, Vegas?. - Tento mudar de assunto
- Ah, é... Pois é, eu vou te poupar dessa triste história do pobre órfão Vegas theerapanyakul porque ela é... triste, sabe?
Me aproximo mais dele, o incentivando a continuar
- Heh... Tinha um livro, eu costumava ler todas as noites para as criancinhas: "As aventuras de Vegas Te", pilantra, fanfarrão, cheio de ouro, se dava bem com as moças, moços...
- Ele também era ladrão?
- Bom, não... Na verdade, ele tinha dinheiro pra fazer o que ele queria; podia ir a qualquer lugar do mundo! E pra um adolescente sem nada, sei lá, parecia ser a melhor opção...
Ele fala baixo, mas ainda consegui escutar.
- Não conta pra ninguém sobre isso, tá bem? Pode acabar com a minha reputação.
- Ah, isso te preocupa? - Aproximo meu rosto do seu em forma de deboche.
- Bom, uma reputação falsa é tudo na vida. - Quando ele levanta o rosto, o meu fica próximo o suficiente para sentir sua respiração, por uns segundos me perdi nas suas íris e no brilho que elas possuíam.
- Bom, é melhor eu pegar lenha para fazer uma fogueira.
Se levanta atordoado e eu apenas concordo o vendo adentrar a floresta em busca da lenha
- Poxa! Achei que ele não ia mais sair... - Arregalei meus olhos ao ouvir a voz atrás de mim e me viro devagar.
- M-Mamãe?!
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Enrolados
FanfictionVegas é o bandido mais procurado e sedutor do reino. Um dia, em plena fuga, ele se esconde em uma torre. Lá conhece Pete, um jovem prestes a completar 18 anos que tem lindos cabelos dourados. Pete deseja deixar seu confinamento na torre para ver as...