Ressaca.

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Hermione estava em uma vassoura, voando mais alto do que nunca, sobre o Lago Negro. Mas ela não estava com medo. A vassoura disparou e ela não a controlava, era apenas uma passageira, havia um calor sólido atrás dela e ela se sentia segura...

— Hermione! — disse uma voz, baixa e urgente. — Hermione!

— O quê?... — Ela abriu os olhos. Ela estava de braços abertos na cama, deitada de bruços, ainda de saia e top.

Parvati Patil a estava sacudindo. — Hermione!

Ela se sentou. — Que horas são?

— 7 da manhã, Hermione, você tem que descer agora.

— Por que? Madame Hooch está com raiva? Eu sei que a sala comunal está uma bagunça...

— Tem que ver! — Parvati se endireitou. — E traga sua varinha.

O cérebro de Hermione ficou atento com isso. O rosto de Parvati estava sério e ela usava shorts de corrida e sutiã esportivo. Sua colega de casa deve ter descido para sua corrida matinal (as Patils eram loucas por ser fitness) e viu alguma coisa. Hermione deslizou para fora da cama, pegou sua varinha e calçou chinelos azuis felpudos. Ginny estava deitada imóvel em sua cama, ainda com suas próprias roupas de festa. A cama de Lavender estava vazia.

— Tudo bem, — disse Hermione. — Vamos.

Desceram a escada até a sala comunal, inundada pela luz do sol da manhã que ofuscou seus olhos injetados e refletiu em copos e garrafas meio vazias.

— Ali, — disse Parvati, apontando para a parede à direita do buraco do retrato.

Hermione quase caiu no último degrau, de boca aberta. Na parede, em letras de meio metro de altura, estavam as palavras gotejantes e cor de ferrugem: "MORRAM SANGUE-RUINS".

Hermione sentiu como se tivesse sido enfeitiçada, mas estava chocada demais para sentir qualquer coisa. Ela quase deixou cair a varinha, suas mãos tremiam tanto.

— Quem fez isto? — ela respirou.

— Sonserinos, é claro, — Parvati disse, sua voz pingando veneno.

— Não sabemos disso.

— Não? — Parvati se virou e olhou para ela. — Convidamos os sonserinos para nossa sala comunal pela primeira vez na história de Hogwarts, damos a eles uma senha e, na manhã seguinte, colocam isso na parede da sala comunal?

Hermione se aproximou da parede. Letras pingando, cor de ferrugem... — Sangue, — ela disse suavemente. — Está escrito com sangue.

— Godric nos ajude, — Parvati sussurrou. — Sangue de quem?

— Não há como saber, — disse Hermione. Ou estava lá?

— Devemos apagá-lo? — Parvati ergueu a varinha.

— Não, — Hermione disse. — Pode haver um nascido trouxa por aí... machucado. — Ela esfregou a testa e tentou pensar além das batidas. — Parvati, por favor, vá buscar McGonagall. Então Madame Hooch. Precisaremos de todos os Chefes das Casas.

— Sonserina também?

Hermione assentiu. — Sonserina especialmente.

Parvati lançou-lhe um olhar de soslaio e saiu correndo pelo buraco do retrato, feliz por ter algo para fazer. Olhando em volta para garantir que estava sozinha na sala comunal, Hermione transfigurou uma garrafa vazia de cerveja amanteigada em um frasco de poção. Ela se aproximou da parede, quase tocando o último S de SANGUE-RUINS com sua varinha. Ela acenou levemente com a varinha e a longa gota que se estendia da parte inferior do S até o chão voou da parede e caiu em seu frasco, que se encheu de sangue vermelho.

The Gloriana Set | Dramione Onde histórias criam vida. Descubra agora