Jantar com cobras.

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Hermione achou ajudar Theo uma tarefa absorvente. Ele se juntaria à aula de Poções dela e ao seminário DADA de Bluebell (apesar de sua falta de experiência em guerra). Foi muito relaxante sentar-se com ele na biblioteca, redigindo resumos e tabelas de prioridades e, ao contrário de Harry e Ron, Theo deixou que ela codificasse por cores seus horários de estudo.

— Hermione, — Theo disse finalmente. — Hermione!

— Sim? — ela perguntou, olhando para cima. — Você precisa que eu anote o...

— Doce Salazar, você é implacável, — disse Theo, levantando-se. — É hora do jantar.

— Não estou com fome, — ela disse, acenando com a varinha para reorganizar a agenda dele novamente. Ele não pode fazer o ensaio de transfiguração senciente antes do ensaio não senciente, como posso fazer isso...

— Bem, eu estou, e vamos sair agora. — Ele agarrou a mão dela e a colocou de pé.

— Mas nossos livros, nossas anotações...

— Ninguém ousaria mexer nas anotações de Hermione Granger, — Theo disse decididamente. — Vamos.

Ele a puxou até o Salão Principal e segurou sua mão enquanto eles entravam. O ambiente no salão foi moderado e qualquer ruído parou completamente quando as pessoas viram suas mãos entrelaçadas.

— Theo, — ela sibilou. — As pessoas vão pensar... conhecidos, lembra?

— União entre as Casas, — disse ele.

Ela parou. — Claro, — disse ela, puxando a mão de volta. — Você quer que eu vá jantar na sua casa.

Ele olhou para ela, seus olhos verdes sérios. — Nós, como Casa, não escrevemos aquela mensagem, nem a apoiamos. Mostre a todos que você acredita nisso. Por favor.

— Isso é bastante sonserino da sua parte, — disse ela.

— É sim. — Theo baixou a voz. — Estou pedindo que você faça isso por nós, apenas uma vez. Mas não é por isso que quero que você vá.

Hermione olhou para ele, considerando. Theo não era tão alto quanto Malfoy, então conversar com ele de perto era um pouco mais confortável. Conversar com ele em geral era mais confortável. E ela gostou do plano dele. Ela não acreditava que toda a Casa estivesse por trás da mensagem. E mesmo que um Sonserino tivesse lançado o feitiço – e ela não estava de forma alguma convencida disso – seria injusto culpar o resto da Casa. Ela olhou para a mesa da Sonserina, e a visão dos pequenos alunos do primeiro ano silenciosamente curvados sobre seus pratos resolveu o assunto.

— Você seguirá meus horários de estudo se eu sentar na sua casa esta noite? — ela perguntou a Theo.

Ele sorriu. — Muito fielmente.

— Vá em frente, então.

Seus passos eram altos no corredor mortalmente silencioso enquanto Theo a conduzia para dois assentos vazios em frente a Malfoy. Sempre havia lugares vazios perto de Malfoy. Todos os homens da Sonserina se levantaram quando ela chegou e esperaram que ela se sentasse antes de retomarem seus lugares. O rosto de Malfoy estava inexpressivo, mas os dedos da mão direita tamborilavam levemente na mesa. Hermione odiou seu impulso repentino de colocar a mão sobre a dele para detê-lo.

— Malfoy — ela disse educadamente. Qualquer coisa que valesse a pena fazer valeria a pena ser bem feita.

— Granger, — ele respondeu. — Suco de abóbora?

— Não, obrigado.

— Cidra de maçã? — Theo perguntou, com uma jarra de vidro pronta.

— Sim, obrigada, — disse ela. Malfoy pareceu ofendido. Droga, Malfoy, eu gosto mais de cidra! O sorriso presunçoso de Theo não ajudou.

The Gloriana Set | Dramione Onde histórias criam vida. Descubra agora