The Gloriana Set | Dramione

Lutar contra o mal é divertido!

O almoço foi turbulento na mesa da Grifinória enquanto Ron presenteava o grupo com a história do desastre de Poções. Ao ouvir Ron contar, ele sabotou propositalmente a poção dele e de Lavender para humilhar Malfoy, um resultado que valeu a pena o trabalho extra. As palavras "furão laranja" figuravam com destaque na história, ninguém daria ouvidos às palavras de Hermione em contrário, e ela teve tempo suficiente para se arrepender amargamente de não ter deixado a maldita poção explodir e matar todos eles.

Lavender passou o almoço procurando por Malfoy no Salão Principal, que nunca apareceu. Hermione suspirou e tomou um gole de seu miserável suco de abóbora. Ela quase sentiu pena do homem e não achava que isso fosse possível. Fazia apenas dois dias e ela já havia atacado um Malfoy onde realmente doía: sua herança e seu cabelo.

Entusiasmado com a vitória, Ron começou a ficar ao lado dela entre as aulas, com a mão nas costas e nos ombros dela. Outro dilema: o comportamento dele praticamente minou o entusiasmo de Hermione pelo jantar de sábado, mas ela hesitou em cancelá-lo. Talvez sozinha e longe de Malfoy, ela pudesse realmente chegar até Ron, fazer com que a amizade deles fosse honesta. Sim, ela estaria madura e calma até sábado e então eles resolveriam as coisas como adultos.

— Pare de pairar, Ron! —ela gritou, quando ele tocou seu cotovelo mais uma vez nos corredores. — Sou perfeitamente capaz de andar sozinha! — Bem, isso não durou muito. O rosto de Ron pareceu magoado, depois escureceu. Eles conseguiriam sobreviver até o fim de semana?

Ela estava tão irritada que se esqueceu do novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas até chegar na porta da sala de aula. McGonagall criou um seminário especial de DCAT para "veteranos de guerra" selecionados do sétimo e oitavo ano, com seu próprio professor. Hermione se perguntou quem seria; ela não tinha certeza se alguém poderia ensiná-la adequadamente, exceto talvez a própria McGonagall ou o fantasma de Snape.

— Vamos simplesmente entrar? — Neville perguntou, arrastando os pés ligeiramente. O resto do grupo ficou em silêncio. Ron e Ginny deram de ombros, Lavender parecia assustada e Luna apenas olhou para o teto do corredor, contando humdingers balbuciantes ou algo assim. Mesmo o monitor-chefe Ernie Macmillan não parecia inclinado a agir.

Bem, não fazia sentido esperar. Hermione abriu caminho para a sala de aula e todos pararam e olharam. A sala havia sido transformada num prado florido, sem escrivaninhas, quadros-negros ou livros. Pufes macios formavam um anel apertado no centro, e margaridas gigantes alinhavam-se nas paredes, balançando em um vento inexistente. No centro do arco estava uma mulher pequena.

A professora deles não era uma mulher comum, Hermione percebeu, mas uma fada, embora bastante grande. Ela tinha mais ou menos o tamanho de uma criança de 4 anos, com cabelos dourados, rosto de boneca e asas rosadas. Ela usava um vestido prateado e esvoaçante e sua única concessão ao seu papel era uma estola dourada em volta do pescoço com o brasão de Hogwarts em cada extremidade.

— Bem-vindos! — ela guinchou, batendo palmas. Seus pés pairavam a cerca de trinta centímetros do chão e suas asas batiam levemente. — Eu sou a Professora Bluebell e bem-vindos a minha aula! Por favor, sentem-se!

Hermione e Ron trocaram olhares e sentaram-se lado a lado, temporariamente unidos em estado de choque. Os outros escolheram pufes, com Luna sentada do outro lado de Hermione.

— Oh não, querida, por favor, sente-se aqui perto de mim! — Bluebell fez o pedido em seu próprio pufe amarelo. — Nenhum destroço irá distraí-lá aqui! — Luna juntou-se a ela ansiosamente, deixando o pufe ao lado de Hermione vazia.

— Quem estamos perdendo? — a fada perguntou. — Ah, aqui está um menino adorável! Entre, lindo garoto!

O garoto adorável na porta era Malfoy, entrando no último minuto, e Hermione mordeu o lábio. Ela estava realmente tentando ser boazinha aqui, e Ron estava rindo o suficiente para todos de qualquer maneira. Mas Malfoy parecia sereno, embora com os olhos um pouco vazios. Ele caiu graciosamente no pufe laranja à esquerda de Hermione, agindo como se ser chamado de "menino adorável" por uma fada de um metro de altura fosse apenas seu dever. Hermione tinha que admirá-lo.