06. O diabo veste Prada e...

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Sexta-feira. 24 de janeiro.

- Eu preciso ir pra minha casa, Gorky.

- Você sabe que pode ir pra minha casa... Aquele convite ainda está de pé.

- Agradeço, mas eu preciso especificamente da minha cama agora.

- Você sabe que eu não vou te deixar sair dirigindo por aí nesse estado , né?

- Ah, não vai?

- Não vou. - Ele sorria confiante

- E como voce pretende me impedir, Adam Gorky?

O homem levantou a chave do carro da garota, e balançou como quem diz: "Tcharam"

- Okay, você tem um ponto. Só me devolve e me deixa ir pra casa vai... - ela murmurava

O homem em seguida saiu do carro sem dar explicações, Liz acompanhava com o olhar, vendo-o rodear o carro e abrir a porta de seu assento.

- O que você tá faZEND-. - Gorky a pegou no ombro como quem pega um saco de batata. E então vai para dentro do bar novamente indo em direção a Édra que ainda tagarelava.

Ele ia catando pelo caminho, tudo que pertencia às garotas. Bolsas, sapatos, maquiagens. Todas jogadas pelo pub.

- Trocaram, número, Instagram, não sei o que? - o homem dizia a Édra se referindo ao rapaz que ela conversava.

- Gue? Que núbero? - A mulher estava completamente alterada.

- Ótimo, então vamos embora.

Gorky arrastava Édra pelo braço e levava no ombro Liz, que resmungava o tempo todo. Ele as levou até o carro da mulher, repousando as amigas no banco traseiro. Logo em seguida, assumiu o volante e dirigiu para a casa da moça.

As duas balbuciavam num dialeto alcoólico que apenas outro bêbado conseguiria entender, mas que o rapaz gostava de observar pelo retrovisor.

Gorky estacionou em frente á casa, e no mesmo segundo Liz percebeu que nunca havia dito seu endereço para o homem. Porém, ele magicamente o soube e dirigiu sem nem mesmo hesitar pelo caminho

Estranho, mas ela se poupou de criar teorias.

- Chegamos, garotas.

Os três desceram do carro.

- Muito obrigada, Gorkyto. - Dizia Édra. - Eu adoraria ficar para o after *Hic!*, mas eu realmente preciso nanar.

- Eu entendo, beba bastante água viu... Ajuda com o soluço.

A mulher assentia já de costas entrando em casa.

- Certo, eu não vou nem perguntar como você sabe onde eu moro. Vou apenas perguntar como você pretende ir embora sem carro.

- Eu vou andando, gatinha.

- Fez todo esse percurso, pra ir embora andando?

- Fiz.

- Muito fofinho, Adam Gorky. Tentando me impressionar é? Dizem que o cavalheirismo se tornou meio brega há um tempo.

- Só tava tentando impedir que uma bêbada saísse dirigindo por aí.

- Ui, que cuidadoso ele.

- Dá um tempo Liz, se cuida. - O homem virou as costas e andou até sumir na escuridão dos quarteirões.

A mulher entrou em casa e subiu as escadas. Estava tudo escuro e silencioso.

Liz mantinha a concentração para caminhar pelo quarto. Ela não disse uma palavra, até então. Apenas retirou os sapatos e debruçou sobre a cama. César observava de longe degustando um copo de whisky.

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⏰ Última atualização: Jul 24 ⏰

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