Mia Campbell
Sexta-feira 03/12/2015
Minha mãe e eu decidimos sair, fomos até a um parque próximo a nossa casa, chegando lá fui correndo brincar no escorregador e só lembro de estar tão empolgada correndo entre as pontes de madeira que davam ligações a escorregadores, e então bati minha cabeça no início de um tubo suspenso, aqueles que as crianças passam dentro iguais hamsters, aquilo doeu, mas oque eu não esperava era que ao correr até minha mãe eu fosse cair de cima do escorregador com as costas em um ferro.
Eu e minha mãe somos de uma família de condições medianas, não passamos fome, mas também nunca podemos nos dar o luxo de gastar atoa por ai, vivemos em um bairro de classe média em Londres, sou nascida aqui e sempre vivemos bem, aos dois anos de idade meu pai deixou a minha mãe para viver com alguma puta por ai, e disse para mim que me amava e voltaria, mas ele nunca voltou e também não sinto falta, quero mais é que eles se fodam juntos, ele não paga nem a pensão, ele so sumiu, e devido ao plano médico que minha mãe teve que pagar, aquilo seria útil.(...)
- foi muito grave doutora? Está sangrando muito isso é normal? Ela vai ficar bem?
Dizia minha mãe desesperada enquanto seguia a médica que acompanhava a maca ao seu lado entre os corredores do hospital.- Preciso que se acalme senhora. Devido ao sangramento receio que sua filha terá que levar alguns pontos, você me disse que ela caiu em cima de um ferro não é?
A doutora responde minha mãe sem nem ao menos olhar para ela.- sim, isso mesmo, então não foi nada tão grave?
Minha mãe pergunta ainda inquieta nos seguindo- Ainda não posso dizer nada a respeito, faremos os exames para saber se ela pode estar com a infeção de tétano e veremos oque deveremos fazer, mas você não pode entrar agora, peço para que espere e faça o check-in na ala infantil do internamento.
A médica diz abrindo 2 grandes portas uma ao lado da outra dando visão a uma sala com uma mesa gelada e luz azulada circulando todo o perímetro.- check-in na ala infantil? Então ela terá que ficar aqui internada?
Minha mãe pergunta mas a médica nem sequer pensa em responder e fecha a porta na cara dela, antipática.E se eu estava calma? Obvio, que não. Eu comecei a fazer um griteiro, tudo porque eu vi uma agulha, e eu tenho pavor de agulhas, até que me sedaram, e então so me lembro de acordar totalmente demente e falando nada com nada em uma sala com várias outras crianças e minha mãe ao meu lado, sua expressão aliviada dizia que já estava tudo bem, algumas horas depois eu estava quase totalmente normal novamente, com delicadeza para que os 4 pontos que levei na parte no cóccix não se abrissem, minha mãe me ajuda a sentar na maca para jantar, já eram umas nove da noite.
- Me desculpa mamãe, eu não queria ter caído
Digo com meus olhos abaixados olhando o prato gélido de comida depositado em meu colo- Você não tem culpa mia piccolina, está tudo bem.
Minha mãe diz em sua voz doce, meu avô é italiano, então minha mãe sabe italiano assim como ela tenta me ensinar também, como não nascemos em famílias ricas ela preza pelos meus estudos e futuro, mas eu nunca gostei de dar trabalho.- Mas você gastou dinheiro com isso mamãe, e a gente não tem dinheiro.
Digo e como quando minha mãe faz sinal para o meu prato- Você é a minha prioridade querida, o dinheiro eu consigo denovo, já você, se eu te perder não te recupero piccolina.
Ela diz e aperta minhas bochechas me fazendo sorrir
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O patrimônio.
RomanceMia Campbell sofre um acidente em sua infância, seria isso destino ou uma maldição? Quando se trata dos Sanchez pode se apostar que seria uma maldição. Ao ficar internada Mia conhece um garoto chamado Theo Sanchez, filho de Antonie Sanchez dono de u...