𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟒

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"Mãos vermelhas, Mãos vermelhas, exatamente como ele disse"

A Little Wicked - Valerie Broussard

Naquela tarde, um dia após a trágica morte de Arley Redwood, o céu na cidade adotava não mais a luz do dia anterior, e nem mesmo o brilho dos raios de sol que costumavam invadir e deitar sobre a terra

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Naquela tarde, um dia após a trágica morte de Arley Redwood, o céu na cidade adotava não mais a luz do dia anterior, e nem mesmo o brilho dos raios de sol que costumavam invadir e deitar sobre a terra.

Mas a penumbra não atingia somente o céu, como também toda a cidade, que se movia em prestação de luto, carregando flores, lenços e alguns terços para a praça onde o senhor Redwood deu seu último suspiro. Tal coisa não atingiu todo o casarão, que agora pertencia ao senhor Lockhart.

Sebastian se afundou no estofado da cadeira do escritório, e encarou o fundo da sala, com um olhar vazio e um tanto enigmático, enquanto se servia de um whisky que sempre deixava próximo a sua mesa, uma vez que sempre estava disposto a tomar alguma dose durante o dia ou à noite.

Mesmo perdido em seus pensamentos, e sua concentração no fundo, vago da sala, não conseguiu ignorar a presença de Nikolas que entrou carregando o jornal daquela manhã. O homem fechava a porta atrás de si e caminhava em sua direção para tomar o lugar na cadeira da frente.

Logo em seguida, ele jogou o jornal sobre a mesa, e Sebastian arrumou sua postura na cadeira, para ter a visão da primeira página. Não que já não soubesse que o assassinato do senhor Redwood iria aparecer na capa, mas gostaria de mais algumas informações da investigação sobre o homicídio.

— Apenas isso? — Ele segurou o montante nas mãos e estreitou os olhos procurando algo a mais. — Nunca imaginei que seria tão fácil.

— Embora tenhamos chamado muita atenção com o uso de cianeto na torta — Nikolas começou e cruzava as mãos a frente de seu peito — Pode se dizer que foi a escolha certa, e até mesmo conversei com alguém de dentro da polícia, eles trabalham com a hipótese de ter sido algum ambulante pai de família das proximidades insatisfeito pela expulsão das terras, feita pelo Arley.

— Entendo, e ainda precisamos liberar a área para aquelas pessoas expulsas, e acho viável entregar uma quantia em dinheiro para poderem retornar a usar a terra para terem seu sustento — Ele assentiu e largou o jornal sobre a mesa e suspirou aliviado — Devemos ir à igreja hoje, embora não esteja mais entre nós, contaremos ao Christopher, que a promessa foi cumprida.

Ainda que com tantos anos tenha se passado, Sebastian desejava voltar ao passado e talvez assim poderia ter ajudado seu amigo, não saberia como poderia fazê-lo, mas ainda assim insistia nesse pensamento. A doença que o Christopher portava, não tinha cura ou chance de salvação. Compartilhando os três do intangível senso de justiça, também havia em comum a dor e sofrimento de um passado um tanto distante. E mesmo com a morte de um companheiro, o seu desejo de vingança não morreu consigo, e coube aos dois restantes, prosseguir e que agora o dever, em parte foi cumprido.

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