𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟏𝟐

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"Eu queria estar nos seus braços, como aquele violão espanhol e você me tocaria a noite toda"

Spanish Guitar - Toni Braxton

Um vento leve tocou devagar os cachos de Elowen, e ela se remexeu sentindo seu corpo deslizar pelos lençóis macios

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Um vento leve tocou devagar os cachos de Elowen, e ela se remexeu sentindo seu corpo deslizar pelos lençóis macios. Demorou um pouco para que percebesse que não estava em seu quarto, foi quando abriu os olhos devagar e deslizou sua mão pela enorme cama, para que tivesse certeza disso.

Assim que encarou o lugar onde estava, tentou repassar em sua mente tudo o que havia acontecido na noite anterior, e no decorrer da madrugada, até acabar acordando no quarto de Sebastian sem usar nada por baixo.

Elowen puxou a coberta até a altura de seus seios, e olhou para os lados até avistar a janela que emitia o clarão daquela manhã. Ela quase saltou da cama ao ver que já havia amanhecido, e por pouco não teve o azar de cair ao chão após bater com o calcanhar em algo sólido que estava embaixo da cama.

Tentando cobrir seu corpo com a coberta, Elowen prendeu uma das pontas fazendo uma volta em sua cintura, apertando. Assim que sentiu-se segura, ela abaixou para ver o que quer que fosse a coisa que tropeçou. Estendendo a mão, ela retirou de lá um pequeno baú.

Ela ponderou por alguns segundos, refletindo se era algo certo a se fazer, mas levando em consideração que ela já havia quase revirado o escritório dele por respostas, não via mal em olhar o que estava ali.

Deslizando a mão na parte de cima do baú, ela retirava a camada de poeira e puxava para cima logo em seguida a tampa. Levou alguns segundos analisando tudo que havia ali. Ela puxou de dentro um pequeno envelope feito de pano e dentro dele continha algumas pequenas fotos de pessoas que ela desconhecia. Uma delas lhe chamou a atenção, uma mulher abraçada com um homem e ele segurava um garotinho.

Continuou retirando de lá outras fotos, e alguns papéis. No fundo do baú, tirava uma carta, estava desgastada, devia estar há muito tempo guardada e precisa ter o cuidado para que ela não desfizesse em suas mãos. Assim que ela abria o papel dobrado, outra foto caía em seu colo, mas naquele instante ela apenas ateve o que estava escrito ali.

Quando ler essa carta, eu já terei partido.

Eu nunca pensei que acabaria assim, e peço que não se culpe por isso, meu filho. A culpa não é sua.

A vida não tem sido boa comigo, cometi alguns erros é claro, mas você foi o meu maior acerto e apenas tem que se lembrar disso sempre.

Os últimos acontecimentos desses meses me fizeram perceber que não sou a mesma de anos atrás, não consigo superar a perda de William, e até passei a me culpar pela morte dele. Eu sempre soube que aquele homem seria uma sombra diabólica em nossas vidas, mas nunca imaginei que ele pudesse ir tão longe.

Há alguns anos, querido, a mamãe manteve um amor infeliz com este homem. Condeno esse amor, mas jamais condenaria o fruto dele. Embora eu deseje partir, espero que possa entender as minhas razões para querer isso, e seja o homem bom que criei para ser.

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