Capítulo 5 - Descobrindo sentimentos

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Não sei se posso chamar de sorte ou azar, mas durante todo o dia de hoje, mal tive tempo de ver e conversar com Jezz, não sei se me sinto aliviado ou com um leve desapontamento

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Não sei se posso chamar de sorte ou azar, mas durante todo o dia de hoje, mal tive tempo de ver e conversar com Jezz, não sei se me sinto aliviado ou com um leve desapontamento.

Um velho como eu não saber nomear seus sentimentos é de uma irresponsabilidade. Eu nem posso dizer que me conheço.

Mas como sempre, deixo tudo que sinto de lado e foco em meu trabalho, não quero ter que lidar com nada disso, hoje, nem amanhã, nem nos próximos anos que me restam de vida.

Todos os meus objetivos foram conquistados, tudo que idealizei para mim desde os dezessete se realizou, trabalhei, contribuir e muito para o crescimento da empresa da família, sonhava com uma família somente minha, Keith está aí, uma mulher forte, independente e que vai comandar tudo isso que eu irei deixar, vivi durante todo esse tempo bem e muito feliz, me realizei de todas as formas, não tenho do que reclamar, ajudei a todos que pude e continuo ajudando a quem não teve a mesma sorte que eu.

Vê? Tenho apenas coisas das quais me orgulhar, nada a me arrepender.

Meu celular toca, sei que é minha filha pelo toque especificado para ela.

— Oi papai lindo. — Essa menina não toma jeito nunca, e amo ela a cada dia mais.

— O que deseja sua interesseira.

— Nada papaizinho lindo, apenas que estou saindo cedo, tenho algo para fazer, e... — Ela faz um breve suspense. — Papaizinho lindo do meu coração, fica de olho no meu amigo?

Por que meu coração deu essa leve palpitada? Acho que estou passando mal, tenho que ver um médico com urgência.

— Acho que seu amigo é adulto o suficiente para ter alguém de babá dele. Principalmente se esse alguém for eu.

— Papai, é sério, ele pode parecer duro na queda, mas é mais sensível do que imagina, e notei que ele não comeu bem no almoço, talvez eu tenha culpa nisso, e estou preocupada que ele passe mal, se ele não come direito, ele logo passa mal.

Sinto um pequeno incômodo crescer em meu peito, e tenho meus olhos arregalados quando noto ser preocupação para com o Jezz.

Nunca senti isso a não ser por minha filha e meus pais quando ainda vivos, o que está acontecendo?

— Ok, meu amor, não quero que ninguém passe mal no trabalho.

Ela desliga me mandando um beijo bem animado, e nas próximas horas eu passo checando a câmera de segurança que é da sala em que ele ocupa, notei as poucas conversas entres os dois, alguns poucos sorrisos, notei que algumas vezes ele parava e colocava a mão sobre a cabeça, mas o que ficou guardado em minha memória foi o lindo sorriso que ele deu a Amélia. Não posso mentir ao dizer que não sentir um ciúme infundado com isso.

Mais perto do horário de ir embora, notei ele meio cabisbaixo e desatento, ele parecia estar perdido, desliguei tudo em minha sala, tudo que tinha de importante do dia conseguir resolver durante a manhã, então com minha bolsa em mão me dirigir a mesa dos meus dois funcionários, chegando a tempo de segurar Jezz quando o mesmo passou mal.

Só porque é natalOnde histórias criam vida. Descubra agora