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Ryujin e eu nunca falamos sobre o beijo, mesmo que isso tenha passado
pela minha cabeça constantemente.

Eu tinha plena certeza de que não
significou nada para ela, que ela estava apenas provando um ponto.

Mesmo assim, as sensações que eu experimentei eram as mesmas de um beijo com real paixão. A sensação dos seus lábios nos meus e o gosto dela não era uma memória que poderia ser apagada facilmente. Eu ansiava pela sensação novamente. Isso fez a batalha entre meu corpo e minha mente muito mais dificil que antes. Era uma maldição sentir atração por alguém com quem você tem que viver junto, particularmente quando ela traz as garotas da escola pra casa.

Uma tarde, enquanto nossos pais não estavam em casa, ela trouxe Yunjin, e elas estavam no quarto dela se pegando. Outra tarde foi Lee Chaeyoung. Então na outra semana foi outra Lee Chaeyoung.

Eu fiquei no meu quarto tapando os ouvidos para não ter que escutar o som da sua cama rangendo ou os risinhos de garotas estúpidas. No dia em que a Chaeyoung número dois saiu do quarto dela pra ir pra casa, eu mandei uma mensagem para Ryujin logo em seguida,

[Você] Sério? Duas Lee Chaeyoung's? A Chaeyoung #3 vai vir amanhã? O que você está pensando?!

[Ryujin] Eu estou pensando que você gostaria que seu nome fosse Chaeyoung... Irmã.

[Você] Meia! Meia-irmã!

[Ryujin] Misture as letras da palavra meia, e você tem peste. Meia = peste.

(Step significa meia, embaralhando fica pest; que significa peste.)

[Você] Você é uma idiota.

[Ryujin] Você é uma peste.

Eu me levanto da minha cama bufando e vou direto ao quarto dela sem bater. Ela está jogando videogame e nem olha pra mim.

— Eu realmente preciso colocar uma fechadura nessa coisa.

Meu coração está disparado.

— Por que você é tão fodidamente babaca?

— Legal te ver também, mana. — Ela bate na cama ao lado de onde ela está sentada na beirada, com os olhos presos ao jogo. — Se você não vai sair de qualquer maneira, então se sente.

— Eu não tenho nenhuma vontade de me sentar na sua cama suja.

— Isso é porque você preferiria sentar na minha cara suja?

Meu coração quase para.

Sua boca se espalha em um sorriso perverso enquanto ela continua a jogar. Ela tinha me deixado sem palavras. O fato é que eu tinha me deixado sem palavras, porque logo que as palavras "sentar na minha cara suja" saíram da sua boca, eu tive a necessidade de cruzar minhas pernas para conter minha excitação.

Minha intimidade era uma tola sem esperança. Quanto mais cru ela era, mais forte era a atração por ela.

Ao invés de reconhecer a pergunta dela com uma resposta, eu olhei ao redor do quarto, fui direto até suas gavetas e comecei a remexer nas coisas dela.

— Onde estão minhas roupas íntimas?

— Eu te disse, não estão aqui.

— Eu não acredito em você.

Eu continuei procurando em volta até que eu esbarrei em algo que chamou minha atenção. Era uma pasta com uma grande pilha de papel dentro. Impressas na frente estavam as palavras "Ollie and the Jillie, por Shin Ryujin"

SISTER | RYEJIOnde histórias criam vida. Descubra agora