Penelope.
Em pânico, Penelope se levantou na cama quando enquanto os gritos ecoaram pela residência dos Bridgerton. Seu coração batia de forma irregular e o cheiro de fumaça pairava no ar, enchendo instantaneamente suas narinas. Não havia tempo para pensar; ela tinha apenas que correr.
O coração da ruivaacelerou junto com seus passos enquanto ela percorria os corredores mal iluminados, com uma mistura perturbadora de medo e confusão se agitando dentro dela. Os gritos que ecoavam pela residência dos Bridgerton eram dignos de um pesadelo e a haviam arrancado do seu sono com uma urgência aterrorizante.
Desorientada, mas decidida, ela passou correndo pelas pessoas desnorteadas que abriam as portas. Eloise e Phillip estavam saindo do seu quarto, com os rostos cheios de preocupação, e Hyacinth, com seu comportamento normalmente calmo, estava parado no corredor como se estivesse enraizado no lugar. Contudo, Penelope não podia se dar ao luxo de se distrair com esses detalhes. Havia uma urgência inconfundível, um perigo, no ar.
Ela se moveu com determinação, com o olhar fixo na fonte dos gritos angustiados. A voz de Colin era inconfundível e dilacerava algo de forma profunda dentro de si, exigindo a sua atenção imediata.
Quando ela finalmente chegou à cozinha, a visão diante dela era um quadro surreal e caótico. Anthony e Simon lutavam contra o fogo crepitante do fogão, seus esforços para controlá-lo estavam estampados em seus rostos. O fogo felizmente nao parecia desafiar suas tentativas de supressão.
Mas seu foco principal permaneceu em Colin, que estava perto das portas de vidro que davam para o jardim. Seus olhos, normalmente cheios de malícia ou calor, agora revelavam uma mistura de terror e perplexidade. Era como se ele tivesse testemunhado algo insondável.
Até que Colin abriu as portas e desatou a correr de forma desesperada e o coraçao de Penelope parecia que só sabia gritar.
Benedict, com seu comportamento normalmente calmo substituído por uma urgência crua, correu em direção a Colin, chamando seu nome com uma voz cheia de desespero. A urgência em seu tom combinava com o tumulto que tomava conta da sala, mas Penelope não conseguia compreender o que havia acontecido.
Sem tempo a perder, ela instintivamente seguiu Benedict, correndo de cabeça para o jardim. O ar frio da noite roçava sua pele e o cheiro de fumaça ainda permanecia, uma lembrança amarga do caos que haviam deixado para trás.
Colin estava à frente, com sua figura correndo entre as sombras. Cada um de seus passos soava como um batimento cardíaco frenético, rápido e desesperado. A própria pulsação da ruiva trovejava em seus ouvidos, e ela foi dominada por uma infinidade de perguntas. O que havia causado essa corrida louca? O que havia levado Colin a fugir daquela maneira?
Enquanto o perseguiam pela escuridão do jardim, a sua mente estava acelerada. O medo a atormentava e ela sentia uma sensação de desgraça iminente. Algo tinha dado terrivelmente errado, algo além do inferno na cozinha.
(...)
O jardim se estendia diante de Penelope como um labirinto sinistro, com seus caminhos iluminados pela lua lançando sombras longas e retorcidas que pareciam dançar na noite. Os gritos frenéticos de Benedict por Colin perfuravam a quietude, ecoando na densa folhagem, e a pulsação da convidada da família acelerava a cada súplica agonizante.
Ela corria com uma determinação implacável, seus passos eram uma batida rítmica em seus ouvidos. O gosto do medo permanecia no fundo de sua garganta, mas ela não podia se dar ao luxo de vacilar, não podia se dar ao luxo de perder Colin de vista.
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catastrophic blues (it's a cruel summer)
RomanceColin Bridgerton é insuportável, sendo considerado o pior dos privilegiados irmãos Bridgerton. Penelope Featherington acumula todos os empregos que consegue, mas o predileto é servir em casamentos. Esta é a história de como uma taça de champanhe con...