Les; bokuaka

Sentido Aranha, parte 2

oioi gente!! Não esqueci de vcs viu rsrs. Mas peço desculpas pela semana passada sem nada, eu estava em semana de provas e não consegui focar em outra coisa, mas já passou e podemos voltar ao ritmo normal!! Espero que gostem, e obg por quem está lendo, vcs deixam meu coração quentinho <3

Osamu

Não tenho o costume de sair muito de casa, principalmente com os amigos de Atsumu, ou os meus. Na verdade, não conheço muitas pessoas para chamar de "meus amigos", mas eu não me importo muito.

Hoje é o aniversário de Sakusa, um dos meus únicos melhores amigos, e quase namorado de Atsumu. Sinceramente, às vezes eu tenho vontade de prendê-los numa sala e só tirá-los de lá quando falarem o que sentem de verdade um para o outro, porque eu só escuto chororô dos dois lados... Enfim, Omi me chamou para sua festa e me pediu de aniversário um bolo com decoração do Homem Aranha.

É claro que não vou dar só isso, mas ele não sabe.

Desde que acordei hoje de manhã, entrei num longo dilema sobre ir e não ir a essa festa. Há muitos prós e contras, mas os principais são: Não vou precisar conhecer os amigos dele (prós). Vou deixar Kiyoomi sem bolo (CONTRA).

Por isso, acabei ligando para o meu irmão e avisando que poderia haver a chance de que eu não fosse ao aniversário de Omi. Eu me senti mal por ter feito essa ligação, mas minha insegurança estava me afetando tanto que eu só pensei depois que eu desliguei. Imaginei Atsumu dizendo isso para ele e como sua reação não seria menos que uma cara desolada.

Deixar meu amigo triste no aniversário dele é o pior dos crimes, então, depois de meia hora andando de um lado para o outro no meu quarto, decidi que eu iria. Organizei tudo que eu ia precisar para decorar o bolo de Omi — sim, já estava pronto —, algumas coisas para mim além de seu outro presente, e saí depressa de casa para que eu não tivesse tempo de me arrepender.

Veja bem, eu nunca fui uma pessoa magra, como Atsumu. Mesmo fazendo vôlei por um tempo, eu não tenho o mesmo corpo atlético do meu irmão, e isso tem sido um grande problema para mim de uns anos para cá porque as pessoas adoram dizer essas coisas para mim. Que eu devia comer menos, ser igual ao meu irmão, ter vergonha de mim mesmo... E querendo ou não, isso me afetou muito, e não saber como são os amigos de Atsumu além de Sakusa me assusta porque eu não quero ter que passar por essa situação de novo. Não quero ser motivo de piadas...

Liguei para meu irmão de novo, dizendo que eu já estava chegando na casa de Kiyoomi, para ele poder abrir o portão para mim. Deu para ouvir sua empolgação pelo telefone, e acabei sorrindo um pouco também.

— Maninho, que bom que você veio! — Atsumu já estava do lado de fora me esperando, e me recebeu com um abraço apertado que ele adora me dar. — Você tá melhor? Quer esperar um pouco antes de entrar?

— Estou melhor, obrigado por perguntar. Acho melhor entrar logo, preciso colocar essas coisas na geladeira.

Atsumu assentiu, e me guiou pela casa que ele conhecia como a palma da sua mão até a piscina, onde todo mundo estava. Meu coração voltou a acelerar quando ouvi a música e as risadas, lembrando que aquilo foi uma péssima ideia. Por isso eu travei.

— O que foi, Osamu? — Ele me puxou uma vez, mas não saí do lugar.

— Não quero mais sair — murmurei, forçando meu corpo para trás enquanto ele tentava puxar. — Atsumu, foi uma péssima ideia, eu faço o bolo e vou embora...

— Não, Samu! O Omi disse que queria você aqui mais do que o bolo, ele vai ficar triste... e eu também — chantagem emocional não funciona comigo, mas quando é meu irmão quem faz...