Divisor de Águas

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OI GENTE!! Sentiram minha falta? rsrs

Sei que eu tinha dito que não ia dar um intervalo tão grande nas postagens mas aconteceram TANTAS coisas de outubro pra cá que eu tô ficando lelé da cabeçakkkk eu acabei saindo de casa por muitos problemas e ainda estou me resolvendo nessa questão, então me perdoem pelo sumiço!! Não vou prometer nada ainda porque estou voltando a escrever lentamente, espero que entendam <3 


Akaashi


Depois do aniversário de Kiyoomi, sinto que alguma coisa mudou — algo bom. Quer dizer, agora Bokuto — meu ficante premium — conheceu meus grupo de amigos, e isso não é algo que acontece com frequência quando eu fico com alguém. Honestamente, está sendo uma surpresa para mim desde que Bokuto disse que não queria fingir que nosso primeiro beijo não aconteceu. A partir daí, estou tão por dentro quanto você.

De qualquer forma, agora Bokuto tem um fã clube, e Atsumu me encheu tanto o saco para colocá-lo no nosso grupo do whatsapp que não sei se estaria vivo por mais tempo se não tivesse feito. Bokuto não é muito de interagir em grupos — ele me disse antes de eu adicioná-lo, porque estava apreensivo —, mas até que está se saindo bem!

Infelizmente, a semana de provas chegou, depois de uma semana muito louca e cheia de emoções. Sendo mais preciso, nossa primeira prova é só amanhã, mas já estou sentindo o peso dela nas minhas costas antes mesmo de vê-la; espero não errar meu nome dessa vez.

— É tranquilo, Akaashi, primeiro você precisa encontrar a cadeia de carbonos principal, depois ver se tem insaturação, contar as ramificações se tiver, então depois...

— Para, espera aí, Bokuto! — Interrompo ele com um quase grito, porque consegui impedir bem na hora. — Meu cérebro vai explodir, puta merda.

Koutarou está tentando me ensinar química orgânica, matéria que eu considero o pior castigo do monstro. Como alguém pode achar isso legal!? Por isso eu prefiro física, sei lá, é mais tangível.

— Tudo bem, vamos fazer uma pausa. — Bokuto diz baixinho, e sei que está segurando uma risada. Ele quer rir do meu sofrimento! Como se atreve!?

Estamos no meu quarto, ambos sentados na cama rodeados por papéis, cadernos e canetas coloridas, numa tentativa falha de ensinar um ao outro as matérias que mais temos afinidade. No caso de Bokuto, sua afinidade é com todas, mas por algum motivo especial ele gosta muito de química orgânica — Kuroo vai surtar quando descobrir.

Acho que minha mãe ainda não voltou do encontro semanal com as amigas dela, e acredito que seja por isso que a casa está mais silenciosa que o normal. De qualquer forma, Bokuto vai ficar aqui tempo o suficiente para conhecê-la, quer ele queira ou não.

Empurro os papéis e cadernos para um canto da cama, deitando de barriga para baixo e dando um suspiro derrotado de quem não aguenta mais ouvir "carbonila" e "etil". Escondo meu rosto entre os braços cruzados, a ideia de dormir parece muito atrativa agora, mas sinto Bokuto se aproximando de mim, encostando na cabeceira da cama, e sei que ele está me olhando porque está em silêncio. Ele sempre me observa em silêncio.

— Sei que está olhando, Kou.

— Não estou, não — abro um dos olhos, pegando ele no pulo. Seu rosto fica meio vermelho quando se dá conta que não conseguiu esconder, e tudo que consigo fazer é sorrir na sua direção.

Tento puxar ele para baixo, mas notei que ia ficar desconfortável, então reuni minhas últimas forças e me ergui para poder beijá-lo de uma forma mais digna, dado o meu estado triste. Bokuto não reclama, na verdade, puxa minha cintura na sua direção para ficarmos mais próximos — como se fosse possível.

— Gostaria que esse tipo de química caísse na prova — sussurro, segurando um sorriso idiota.

— Que química? — Bokuto pergunta confuso, arqueando uma sobrancelha.

— A nossa.

Não demorou nem meio segundo para ele entender, revirando os olhos assim que as palavras saíram da minha boca. Sei que ele achou engraçado, porque ele sempre revira os olhos da mesma forma. Dou risada da sua tentativa de permanecer sério, aproximando meu rosto do seu novamente.

— Como você é besta, Akaashi.

— Eu sei. Mas você gosta.

Ele revirou os olhos de novo, minha confirmação de que ele gosta mesmo. Bokuto vira o rosto para mim de novo, então me beija tão devagar que é como se o mundo estivesse em câmera lenta. Beijar Koutarou é sempre uma explosão de coisas dentro de mim, eu me sinto imensamente feliz por estar fazendo isso, porque não tem como ser ruim, ele me deixa tão confortável na sua presença, espero que sinta o mesmo por mim também...

— Certo... a pausa acabou, Kaashi. — Ele sussurra na minha boca, mas me olha sério. — Você ainda precisa revisar o conteúdo.

— Aff, que saco. Não aguento mais química orgânica, Kou... — choramingo, tentando fazer com que mude de ideia. — Eu nem vou usar isso na faculdade!

— Você ainda nem decidiu o que vai fazer, garoto! — Bokuto diz, e pelo seu tom eu poderia facilmente achar que ele disse para me machucar, mas sei que Bokuto não faria isso.

É por isso que apenas dou risada, e ele acaba rindo comigo. Observo ele puxando os materiais para perto de nós outra vez, pegando as canetas coloridas espalhadas pela cama e escolhendo as cores que queria; rosa e amarelo.

— Tem razão... mas mesmo assim! Não vou usar química orgânica quando estiver publicando um livro!

Ah, merda.

Koutarou virou o rosto na minha direção novamente quase que em câmera lenta, os olhos arregalados de uma forma que só ele consegue deixar — não é tão descarado, parece suave —, as sobrancelhas arqueadas junto. Bokuto largou tudo que tinha nas mãos, e é então que sei que sua atenção está 100% em mim.

— O quê? Publicando um livro!? Akaashi, você escreve e nunca achou decente me contar? — Consigo sentir o quão alarmado ele está pela nova informação, apenas pelo simples fato de que eu nunca mencionei nada a ele, porque sei que ele escreve um pouco também.

Não que eu saiba do que se trata, ele não me deixa ler!

Dou de ombros, porém, começando a mexer numa das canetas coloridas dele. Essa tem uma bonequinha da Kuromi na ponta, e pelo menos cinco cores diferentes, o que faz dela uma caneta que com certeza Bokuto teria. Dou um sorriso distraído por conta disso, então olho para ele, que ainda está esperando uma explicação.

— Bom, eu estou escrevendo ainda, não sei quando vou acabar... é meio, hm, arbitrário? Quer dizer, eu não tenho uma rotina fixa, acho que isso só atrapalha o processo da minha escrita.

Koutarou assente, totalmente em silêncio, seus olhos parecem duas estrelas brilhando enquanto falo, e não me sinto desconfortável em vê-los assim como me sentiria antes. Admirado, Bokuto está me admirando, e gosto disso.

— Interessante... — ele fez um biquinho engraçado, e eu sei que significa que está pensando. — Vou te perdoar por não ter me contado antes, Kaashi, mas eu quero muito saber do que se trata!

Bokuto está quase pulando em cima de mim, sorrindo largo e tentando me convencer a mostrar para ele — como se o simples fato de ele pedir não fosse o suficiente para me convencer.

— Tá bom, eu te mostro! Para de me olhar assim... — desvio o olhar por um instante, e logo que volto o rosto para Bokuto, ele está mais perto, mais sorridente.

— Assim como? — Ele sabe como é.

Assim. — Digo outra vez, aproximando meu rosto, sentindo como se fosse um ìmã.

Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ou que Bokuto pudesse fazer, um celular vibrou na cama, e nos assustamos. Viramos o rosto em sincronia na direção do barulho, vendo uma mensagem de um número desconhecido na minha tela de bloqueio.

xx-xxxx-xxxx: Oi Akaashi, é o Osamu!


espero que gostem, beijocas <33 

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⏰ Última atualização: Dec 22, 2023 ⏰

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Les; bokuakaOnde histórias criam vida. Descubra agora