Meu tempo já estava acabado quando olhei o relógio do quarto da Lauren novamente. O tempo passa depressa quando estou com ela; a pequena brinca descontraída com sua boneca.
Em seus 4 anos de vida já é uma guerreira de uma forma que eu nunca serei em toda a minha vida, e isso deve explicar o fato do meu apego por ela.
Me despedir da pequena e em seguida fui ao encontro do Adam. Tínhamos marcado de almoçarmos juntos no restaurante da tia Donna e eu já estava atrasada, o que já era de costume.
Saindo do hospital fui andando pelas ruas até chegar à estação central. O restaurante não ficava tão longe de onde eu estava, porém andando eu demoraria o dobro do tempo, então optei por ir de metrô.Algum tempo depois o pequeno sino soou, anunciando que havia entrado no restaurante. Adam estava debruçado no balcão, sua cara entediada e seus fones no ouvido. Aproximei-me devagar, mas ele acabou por notar minha presença.
- Atrasada. - ele disse.
- Eu sei, eu sei... - ele abriu um sorriso de canto e fez sinal para a mesa onde iríamos comer.Já devidamente satisfeitos, Adam contou-me sobre a temporada em Londres, e em como Tessa o havia infernizando para vir com ele.
Minha irmã não se parecia comigo, fisicamente nem parecemos irmã, nossas personalidades se divergem em quase tudo. Theresa, apesar de ser mais nova, é mais desenvolvida do que eu; seu corpo tem curvas mais definidas e seu cabelo bate quase a cintura, já a mim, sou de porte um pouco menor e meu cabelos não passam dos ombros. Há cinco anos que não a vejo, e tenho que dizer que apesar de tudo sinto sua falta.- Eu não contei a ela quando viajei, apenas a Judith, que claro não contou a ela. - estranho ouvir o nome de minha mãe quando se faz muito tempo que não falo com ela, ou sobre ela.
- Imagino, Tessa não é uma pessoa fácil de lidar.
- Realmente não é. - Adam soltou um riso leve. Seu celular vibrou em cima da mesa o fazendo sobressaltar, ele atendeu e sua expressão mudou de serena para surpreso e depois preocupado.
- Droga. - murmurou junto com alguns palavrões após desligar. - Eu havia esquecido completamente. - ele passou a mão pelo cabelo.
- Esquecido o que?
- Eu tenho uma reunião agora, importantíssima e não posso faltar. - informou-me.
- Você esqueceu a reunião?
- Não, esqueci o Harry. - Adam levantou-se e foi até o balcão sem me dar chances de perguntar quem seria Harry, parecia procurar algo no caixa. Retornou à mesa com o que procurava, sentiu-se novamente e colocou as chaves do carro em cima da mesa.
- Preciso que vá buscá-lo para mim. - Ele falou levantando-se novamente e vestindo sua jaqueta.
- Buscá-lo? Mais buscá-lo onde? Buscar a quem? - Perguntei confusa.
Adam mais uma vez foi ao balcão e me deixou sem respostas, pegou um pedaço de papel e uma caneta e anotava algo. Voltou apressado e entregou-me o papel dobrado.
- Aeroporto internacional, ele chega daqui a vinte minutos. Até logo prima. - e ele partiu depositando apenas um beijo em minha testa.Como o Adam faz isso? Como vou chegar ao aeroporto em vinte minutos com esse trânsito louco de Nova York? Como vou buscar uma pessoa que nunca vi na vida e que apenas sei que atende pelo nome de Harry?
Suspirei profundo enquanto pegava minha bolsa e a chave do carro que ele havia deixado em cima da mesa.Como previsto o trânsito estava um caos. Estava presa em um engarrafamento havia 15 minutos e ainda nem sinal do aeroporto. Tiro do bolso o papel - já todo amaçado - que ele escreveu.
"Harry Styles, voo 11387, Inglaterra. Trate bem o hóspede. A"
- Hóspede? - eu estava a falar sozinha - Como assim hóspede? Eu não acredito que o Adam vai colocar um estranho dentro de casa.
Será que tia Donna permitiu isso?Vinte minutos depois estacionei no aeroporto internacional de Nova York. À agitação me deixou um pouco perdida, fui ao bancão de informações e perguntei se o voo do tal Harry já havia chego. A balconista me informou que eles já haviam todos desembarcados a certo tempo. Agradeci e fui até o local de desembarque, que para minha falta de sorte estava sem nenhum sinal. As pessoas estavam a ir embora até que avistei um rapaz. Ele estava sentado em uma das cadeiras do saguão, trajava um jeans escuro e uma camisa preta, sua enorme mala estava ao seu lado enquanto ele lia um livro qualquer. Aproximei-me lentamente observando o estranho que agora passava a mão por seu cabelo escorrido. Era ele, só podia ser ele.
Limpei a garganta assim que cheguei relativamente perto.
- Desculpe senhor. - o rapaz levantou o olhar, seus olhos eram de um verde que jamais tinha visto antes. - Você por acaso seria Harry Styles? - Perguntei por fim.
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ATTEMPTS || h.s
Любовные романыA escolha foi difícil. A traição também. O passado e o presente se enfrentam na vida de Vitória Sullivan. Num acidente do destino ela se vê entre escolher viver e com quem viver.