06| Um café quente para aquecer o coração

51 7 3
                                    

A vista daqui de cima é de cortar a respiração

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A vista daqui de cima é de cortar a respiração. Estamos no terceiro andar da torre e estou completamente encantada com tudo.

O sol já não está no céu, apenas os seus últimos raios e posso dizer que, todas as horas que passei em pé na fila, valeram a pena. Muito! Os meus pés doem? Sim, mas os meus olhos estão encantados com as luzes que já tão ligadas e a brilhar, iluminando as ruas de França.

As pessoas lá em baixo são apenas pequenos pontos que se movem com graciosidade e rapidez. Imagino Deus a observar-nos dos lá de cima e como Ele deixa que tomemos as nossas decisões e escolhas; que façamos o nosso caminho.

O que Ele mais quer é estar connosco nesse caminho, ajudar-nos a viver neste mundo tão duro.

Fecho os olhos, seguro no corrimão gelado com força e faço uma pequena oração. Não sei porque, mas sinto que preciso. Não peço nada, só agradeço a Deus por ser quem é e por estar sempre presente na minha vida; cuidando de mim com amor. Um amor que não é possível comparar nem calcular.

As meninas não voltaram para a fila, deixando-me sem mais explicações. Se não fosse o homem do galo na cabeça, eu teria ficado sozinha este tempo todo. Não que tenha feito muita diferença, já que ele não abriu a boca nem uma única vez. Eu ainda tentei puxar assunto, mas de nada adiantou. Ele estava muito focado no topo da torre.

— É lindo. — É a primeira vez que ele fala, desde que subimos à torre. — Sempre quis conhecer a cidade e vê-la daqui de cima.

— É realmente lindo. Também sempre tive curiosidade em saber como seria a vista daqui de cima. — Confesso.

Abro os olhos e viro-me para ele. Os seus olhos já estavam fixos em mim e sorrio para ele, sincera das minhas palavras.

— Vamos beber aquele café agora, ou prefere logo? — Ele pergunta.

— Podemos ir agora — digo e olho para o ecrã do meu telemóvel. Não há uma única mensagem das meninas. — Eu estava com algumas pessoas do meu grupo, mas elas não disseram nada, então vamos lá beber o nosso café.

— Do seu grupo? — Ele pergunta. Deve achar estranho já que, das duas vezes que me encontrou, eu estava sozinha.

— Sim. Vim para Paris com algumas amigas — essa palavra soa tão estranha nos meus lábios, porque as meninas da Kappa Alpha estão muito longe de serem minhas amigas, mas não digo isso a ele —, mas elas decidiram não vir à torre.

— Entendo.

Voltamos a mergulhar no silêncio, mas não posso dizer que é desconfortável. Aliás, é o contrário.

Descemos as escadas da torre, outras vezes, temos que descer pelo elevador e a viagem para descer a torre é tão magnifica como foi a de subir. Enquanto descíamos, vimos o sol a desaparecer completamente no horizonte e tirei várias fotos, mandando todas para a minha mãe. Claro que as imagens capturadas não fizeram jus à beleza que era visível a olho nu, mas gosto de compartilhar estes momentos com ela. Como sempre fazemos.

Aquela noite em Paris (romance cristão) - será retirada em breve Onde histórias criam vida. Descubra agora