16 | Mãos à obra

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Chego cedo à empresa, no dia seguinte

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Chego cedo à empresa, no dia seguinte. Rapidamente encontro Geovana, a colega que vai ficar encarregue de mostrar todos os lugares importantes da empresa. Ela entrega-me um crachá com um cartão magnético que dá acesso às salas que necessito utilizar para trabalhar e começamos o nosso tempo de apresentação.

— Aqui é a tua mesa e vai partilhá-la com a tua colega de apartamento — Geovana para de falar e olha em volta. — Já agora, onde é que ela está?

— Maeve? — Pergunto e a minha supervisora concorda com a cabeça. — Ah... não sei. Ontem tivemos um jantar de receção e ela estava lá, mas não a vejo desde então. Quando me fui deitar, ela ainda não tinha chegado.

— Bem... vamos seguir então. — Geovana escreve alguma coisa no seu tablet e volta a sua atenção para mim. — Alguma dúvida até aqui?

Nego. Geovana, apesar de falar rápido, explica as coisas muito bem e esclareceu todas as minhas dúvidas pontuais que foram surgindo.

— Aqui é o espaço de refeições e estás livre para ir à casa de banho quando for preciso, desde que isso não prejudique nem atrapalhe o teu trabalho e dos teus colegas.

— Claro — concordo com as suas orientações e Geovana apresenta-me algumas pessoas do meu andar e, após tudo orientado, ela despede-se de mim, deixando-me com o meu trabalho pela frente.

Fico na minha mesa e observo os arquivos que tenho empilhados. Devem ser mais de 200 pastas com casos de pessoas que esperam por justiça nas suas vidas.

Começo por organizar, aleatoriamente, alguns para mim e outros para Maeve, já que essa foi a orientação de Geovana. Depois de distribuídas as pastas, sento-me e começo a analisar uma por uma. Leio cada detalhe e avalio o que poderá ser feito para cada caso.

Não vou atuar ativamente em nenhum deles esta semana, mas tenho que avaliar por ordem de urgência e passar o caso para um advogado, assim ele poderá dar continuidade e agir conforme a lei exige. Isso claro, se os advogados aceitarem os casos que eu passar. Eles podem simplesmente dizer que não aceitam e irem dizer à Natasha que escolhi casos que não são importantes o suficiente para avançarem em tribunal. Se isso acontecer, será o meu fim na empresa Landson Company.

Mas, se de facto for aprovado, ele será avaliado pelo juiz que estiver disponível para o caso e seguirá em diante para o tribunal. As pessoas serão notificadas e o processo começa. É um longo tempo de espera e exige muita atenção e sensibilidade, principalmente nos casos que estou atribuída.

Fico meia hora a analisar um único caso, que desertou a minha atenção, quando Maeve aparece.

Ela está sozinha e o seu rosto está muito vermelho. Parece que ela correu até aqui. Maeve pousa a mala preta da Chanel na mesa e tira o casaco grosso que veste, deixando-o nas costas da cadeira.

Apenas observo e não digo nada, já que ela também não diz.

Assim que se senta, ela leva as mãos ao rosto e esfrega-o com força. Sinto-me tentada a perguntar se aconteceu alguma coisa, mas ela rapidamente pega numa pasta e começa a ler o que está escrito nela.

Aquela noite em Paris (romance cristão) - será retirada em breve Onde histórias criam vida. Descubra agora