Primeira vez Amor • Taekook

Capítulo 7

Três dias se passaram desde então. Tae-ho teve que fazer uma viagem até a capital para resolver os assuntos das empresas, e as coisas não estavam nada boas. O suspiro vinha a toda hora, a cada momento; a preocupação não parava de bater na porta. Achou que iria acabar ficando doente devido ao estresse que estava passando nos últimos meses, antes mesmo de seu filho vir; a reserva econômica da empresa chegou ao fim. Os lucros do mês arrecadados não foram suficientes para bancar os funcionários, a empresa e até mesmo a plantação. Não havia outro jeito, ou um plano B, que falhou; só lhe restou o plano C: o casamento de Taehyung com Park Minah.

Era uma tarde de quarta-feira, eram apenas 15:19 daquele dia, e lá estava Kim, retornando novamente à fazenda de sua família, exatamente onde tudo começou, desde a geração de seu falecido pai. Ao estar em casa, seguiu diretamente para o escritório; exausto pela curta viagem, sentou-se na mesa de madeira junto à cadeira macia e massageou as têmporas com a intenção de se livrar da tensão muscular. O que lhe restou foi pensar, sua memória o levando até o dia em que Taehyung chegou e se assustou com a notícia do noivado, da vez que conversou com seu amigo Jiwook. Ele tinha razão, só estava enrolando e enrolando, e o tempo passando.

Tae-ho até mesmo tentou falar com Taehyung naquela noite; sim, naquela noite; a mesma em que fugiu escondido apenas para encontrar o seu amante; e quando ele chegou tarde da noite, no início daquela madrugada, tentou falar com Taehyung...

ㅡ Precisamos conversar ㅡ ele disse, olhando para o filho que foi pego de surpresa.

Taehyung sentiu seu corpo tremer ao ouvir a voz grave do pai, semelhante à sua, o olhar sério. "Droga, aí vem encrenca," pensou, então respirou fundo e ajeitou sua postura perante o pai. Será que levaria uma bronca por isso?

ㅡ Eu apenas saí com alguns amigos, pai...

ㅡ Não quero saber de suas fugas por aí, Taehyung. Preciso falar sério com você.

O rapaz suspirou fundo, e olhou no relógio da parede da sala e depois para seu pai.

ㅡ Olha, pai, esta tarde, não precisava estar acordado me esperando. Vá descansar, depois nós dois sentamos e conversamos, seja lá o que tem de tão importante para dizer, tá bom?

Taehyung o reverenciou antes de sair e subir para seu quarto, deixando seu pai com as palavras presas em sua garganta, e ao ver que o mais novo já estava no andar de cima, suspirou mais uma vez enquanto passava sua mão esquerda nos fios de cabelo.

Ele é um bom rapaz e um bom filho, mas nem sempre dá ouvidos...

Outro suspiro, então se levantou de onde estava e olhou em seu relógio de pulso, então foi atrás de sua esposa, que estava em seu quarto, bordando algumas toalhas, era um hobby dela fazer isso, a ajudava a ficar tranquila. Tae-ho entrou no quarto sem avisar, chamando a atenção da mesma, que sorriu brevemente.

ㅡ Voltou rápido, como foi lá? ㅡ Ela perguntou.

ㅡ As coisas não vão nada bem, querida. Mais um pouco e iremos falir ㅡ Ele a olhou. O olhar de preocupação era visível.

ㅡ Falir? ㅡ Jihu parou de bordar ao ouvir tal palavra.

ㅡ A reserva não vai cobrir todos os gastos que temos com a fazenda, a empresa e a fábrica. Não temos outra saída ㅡ Tae-ho já perdeu a conta dos suspiros preocupantes que deu.

ㅡ Entendo, então esse casamento precisa de fato acontecer... ㅡ Jihu disse, sentindo algo em seu coração. Não que Minah fosse uma péssima ideia, mas se casar sem um amor correspondido seria doloroso para ela. A Kim sabe, ela conhece seu filho, nunca foi de interferir nas escolhas de seu filho, mas, dessa vez, não havia outra saída.