𝑰𝑰.

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• O sangue do dragão é forte e insaciável •

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O sangue do dragão é forte e insaciável •

STRONG

O dia estava tão sombrio e frio quanto o humor do Príncipe Lucerys Velaryon. Ele concluiu que Porto Real era exatamente igual ao seu clima, porque não parecia um lar, parecia um par de muros elevados que separavam a pobreza da riqueza, a solidão do companheirismo, a veneração do pecado.

Luke bufou, enfiando os dedos no tecido do gibão que parecia apertar seu pescoço, dando-lhe a sensação de sufocamento persistente.

Não que fosse apertado, na verdade, tinha sido feito sob medida, mas o nervosismo e o estresse dos acontecimentos que estavam por vir fizeram a bile subir em sua garganta e suas mãos começaram a suar.

De repente, tudo o sufocou, até mesmo os corredores da Fortaleza pareciam desconfortavelmente estreitos enquanto ele caminhava em um ritmo desajeitado em direção aos aposentos de sua mãe diante da audiência com Vaemond Velaryon.

Rhaenyra insistira em acompanhá-lo para lhe dar apoio materno, além disso seria ela quem responderia por ele.

Não porque Luke seja incapaz ou jovem demais para demonstrar integridade, mas porque teve medo de se deixar levar por suas inseguranças e reprovações internas quando Vaemond decidir usar sua óbvia bastardia como argumento.

Ele suspirou, completamente alheio a tudo e olhando para as próprias mãos.

Ele estendeu os dedos e depois apertou, cravando levemente as unhas na palma da mão, de repente sentiu dores nas articulações, sua mente era tão poderosa que poderia fazê-lo sentir cada maldita doença que existia apenas por causa dos nervos.

Sua desatenção fez com que ele colidisse com alguém, sua testa grudou no peito do estranho e ele sentiu-se vibrar devido a uma risada que silenciosamente chegou aos seus ouvidos.

Ele murmurou algumas maldições, afastando-se alguns passos. Então ele olhou para cima, os longos cabelos platinados aparecendo diante de seus olhos, o queixo pontiagudo, o nariz reto, o olho violeta e o tapa-olho... Deuses.

Ele não pôde deixar de engolir em seco, as palavras ficaram presas na garganta, e o sarcasmo cruzou os lábios finos de Aemond em um sorriso que se dividia entre diversão e ironia.

Luke não sabia o que dizer, se fosse qualquer outra pessoa ele teria se desculpado, mas era Aemond, e ele sentiu que se dissesse uma palavra fosse ficar sem sua língua.

« Deuses, ajudem-me. »

Seu apelo pareceu ser ouvido, pois antes de abrir a boca teve que fechá-la com força quando Aemond continuou seu caminho sem olhar para trás, como se absolutamente nada tivesse acontecido, como se Lucerys não tivesse importância alguma para ele.

« Pelo menos hoje ele parece não querer me incomodar. » Pensou, tentando encontrar algum alívio para si mesmo.

Ele bufou e enxugou o suor das mãos nas roupas. Era melhor que ele se apressasse, pois quanto mais cedo acabasse com esse tormento, melhor.

𝑫𝒊𝒓𝒕𝒚 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅 - 𝑳𝒖𝒄𝒆𝒎𝒐𝒏𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora