Outra
Ok, chega. Isso é uma despedida à todos os pensamentos perdidos e encontrados com o nome de você. Também é uma despedida à imagem que eu criei de você (que certamente não é você) e ao desenho que eu fiz de você e colei no porta retrato ao meu lado da cama esperando que você preenchesse o lado oposto. Mas no final foi isso que você foi, o oposto.
O oposto da máscara de bonzinho que eu coloquei em você, junto da armadura acompanhada de um cavalo branco. Você foi o oposto, aquele que me deixou mais longe de mim, que me fez sentir como se eu não servisse para essa casca que chamam de eu. Eu me senti outra, eu era outra quando te vi e, quando nos vemos, eu era somente outra com ar de minha, com ar de quem sabia o que estava fazendo.
Eu era outra porque eu não era eu, eu não estava eu, eu era só outra. Para você, fui outra. No entanto, para me sentir minha eu precisei me sentir sua e fazer todas as merdas que fossem preciso para me explicar. E no final você não estava nem ai, no final eu era simplesmente outra.