06. - parte 1, confusão-

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Na manhã, São Paulo acordou com um calor embaixo do corpo, e assim que abriu os olhos, viu Rio. O Fluminense dormindo calmamente, abraçando o paulista acima de si pela cintura. O paulistano estava deitado no peitoral do maior, com os braços entrelaçados no pescoço do bronzeado.

O mais pálido se mexeu um pouco, o que fez o carioca acordar um pouco assustado, e apertar a cintura esguia do menor, o que arrancou um gemido fraco e sôfrego do paulistano acima de si. O paulistano prontamente levantou-se, e foi para o banheiro tomar um banho, e fazer sua higiene matinal. O carioca pacientemente esperou sua vez de se lavar, e assim que o menor saiu, deram um selinho demorado e o carioca foi tomar seu banho.

O carioca saiu, abraçou o menor, e decidiu que era hora de se declarar.

-Boneca... acho que te amo, desde o primeiro dia em que caímos na porrada, amo seu vício por café e nicotina, amo seu cabelo, sua carranca, sua cintura, sua potranca... Amo você Sandro. - Disse apaixonado e receoso.

-Rio eu... também te amo... mais tarde vai ser minha vez de me declarar, tá bom? - Riu o paulistano abraçado ao carioca.

o paulistano se vestiu com uma camisa branca larga - camisa essa que pertencia ao fluminense - que deixava um pouco de seu pescoço a mostra, e um short tactel  preto. Logo após, desceu para tomar café.

Q. D. T.

Todos estavam na cozinha comendo, até que o maranhense em uma de suas brisas matinais, puxou assunto.

-Égua doido, os 'minino - Disse apontando para RJ e SP. - tão se dando bem né?! 'mermin que tá vendo casal.

Antes que o fluminense pudesse responder, o paulista respondeu. - eu saio com ele porque é meu amigo. - disse com uma entonação brincalhona, e voltando a conversar com o mineiro.

-Amigo né? Sei. - RJ disse ríspido, logo em seguida saindo de cena, pisando fundo até o quarto de ambos. O clima logo pesou, e o paulista foi atrás do carioca  dando uma desculpa qualquer aos demais presentes.

Logo que o carioca chegou ao quarto, lágrimas desceram por seu rosto, e em poucos segundos, o motivo delas estava atrás de si.

-Rio?! Que cena foi essa cara?! - exclamou o paulistano, fechando a porta.

-Cena?! CENA PAULO?! PORRA! Vai se fuder seu merda! a gente transa ontem, você geme pra mim igual uma puta, a gente se trata como a porra de um casal a anos, eu me declarei pra você, e quando dão a chance da gente se assumir, você me chama de AMIGO?! Então por acaso você transa com seus amigos?! - praguejou o fluminense, em pura raiva. Havia sentido raiva, tristeza, decepção, e esperava um pedido de desculpas, mas recebeu um tapa, um de verdade dessa vez.

- E você acha que foi fácil?! Passei anos negando que te amava, anos tentando me entregar para você, é óbvio que eu não vou assumir do dia pra noite, porra! Eu te amo Rio, mas você só me cobra! Eu não sou bom com sentimentos como você! foi difícil pra mim me convencer que eu poderia SIM gostar de você, e entregar meu corpo e coração a você, e agora você diz isso?! Eu não sou sua puta Ricardo, e eu estou cansado de ter meus esforços mau vistos, cansado de você não ver meu esforço! EU ESTOU ESGOTADO! - O paulistano sentia as lágrimas descerem pelo rosto, seu peito doía e apertava, ele cerrava os punhos com força, e sentia que poderia morrer naquele momento. Pela primeira vez havia chamado o carioca por seu nome, e não pelo apelido de seu estado natal - coisa que todos os estados brasileiros fazem a anos - e não havia sido no cenário romântico que imaginava.

-Você tá cansado?! VOCÊ?! VAI A MERDA! Parece que só eu amo nessa porra, só eu me esforço! Quer saber da verdade?! A única coisa boa que eu tive de você, é ter você gemendo igual uma vadia de merda em cima do meu pau, e nem foi lá essas coisas, já fodi pessoas melhores. - O fluminense se aproximou do ouvido do menor, e disse ríspido. - Nem pra ser comido você serve. Deve ser por isso que seu ex te comeu e largou. - O carioca disse coisas horríveis sem pensar, mas agora, era tarde demais. o paulista se sentiu despedaçar, sentiu mil facas perfurando seu coração, ele desejava apenas que tudo fosse um sonho, um sonho ruim, na verdade, péssimo.

A única pessoa a quem se entregou verdadeiramente, a única pessoa que planejava dizer que amava, mad dessa vez, de verdade, a única pessoa que estava confiando cegamente, acaba de destruir seu coração. O paulista sentiu que iria vomitar, sentiu as lágrimas teimosas ficarem maiores e mais cheias, e sentiu um turbilhão de emoções.

O coração de pedra, foi invadido, amolecido, e em seu momento mais fraco, despedaçado.

A primeira reação dele, foi correr, saiu do quarto aos prantos, chorando alto, até demais. Os outros estados viram, mas ele recuou de todos, exceto da capixaba, do mineiro e da baiana, que o levaram até o quarto da capixaba.

Ao perceber o que disse sem querer e sem perceber, o fluminense correu atrás do menor, mas foi impedido pelo mato-grossense-do-sul e do pernambucano.

tudo estava um caos novamente.

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Parte 1 do capítulo...

Gente, não chorem viu?

Mals pelo capítulo curto, mas tive que dividir em duas partes.

Perdão qualquer erro

Aceito críticas construtivas.

Amo vcs xuxus🤍

Barraco, confusão, dedo no cu e gritaria. Onde histórias criam vida. Descubra agora