"Entramos no castelo e seguimos os alunos por corredores sinuosos e iluminados parcialmente por velas, sei que estamos indo para o salão principal, para a Cerimônia de Seleção. Lembro do meu irmão, em casa, falando sobre esse momento.
- ... E agora...
Oi, se você está aqui é porque deve ter achado alguma coisa interessante e eu agradeço com antecedência por isso!
Essa história é inspirada no jogo para celular Hogwarts Mystery, então já adianto que vão haver alguns Spoilers.
Apesar de escrever ser um processo trabalhoso, também é bem divertido, espero que gostem!!
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O pente escorrega com bastante facilidade pelos meus cabelos brancos, eles refletem a luz que entra pela janela de um jeito meio ofuscante, mas já estou acostumada. Deve ser a quinta vez que escovo meu cabelo só esta manhã, a verdade é que estou nervosa. Esperei muito tempo por este dia, seria quase impossível acontecer o contrário.
— Srta, sua mãe aguardar para o desjejum — diz Tiffi, um dos elfos domésticos da família.
Não me julgue ainda. Sim, minha família tem elfos em casa, mas não são escravos, pelo contrário, eles estão prestando serviço por que querem e são bem recompensados por isso. Aqui em casa, nós acreditamos que eles têm que ser livres, e até somos motivo de piada em alguns momentos por pensar assim. Mas na verdade, eu já consigo ver os verdadeiros propósitos da minha família ao preservar este pensamento. E estou de acordo.
— Já estou indo, obrigada.
Tiffi faz uma reverência exagerada e se retira. Faço carinho na minha gatinha antes de sair do quarto e não perco mais tempo, a última coisa que quero hoje é ver minha mãe brava.
Desço a escadaria quase correndo, para o horror de Bri, outra elfa da família. Ela está mais para uma governanta que qualquer outra coisa.
— Srta, acabar se machucando! — ela me repreende.
Acho engraçado essa nossa convivência com os elfos, se essa mesma coisa tivesse acontecido com qualquer família conservadora do mundo bruxo, com certeza o elfo teria sido repreendido ou castigado, senão pior. Na verdade, isso acontece aqui também, o quadro da minha avó, no topo da escada, berra com a elfa. Minha avó nunca foi muito adepta dessa nossa convivência.
Eu apenas sorrio para Bri quando passo por ela, indo em direção a sala de jantar, onde minha mãe espera.
— Até que enfim decidiu descer.
— Bom dia, mamãe — respondo, me sentando à mesa e me servindo de uma fatia de pão com geleia.
— Lembra que não vou poder ir com você até o Beco Diagonal, não é? — perguntou ela, tomando um gole de café. Na verdade ela só estava me lembrando.
— Sim, mãe.
— Ótimo — e isto significa: se apresse.
Terminei meu café e minha mãe me deu uma pena decorativa.
— Tome muito cuidado com isso, é seu passaporte de ida e vinda. Sem isso, você vai ter que se virar — minha mãe sentenciou ao entregar a chave de portal que eu irei usar para ir até o Beco Diagonal.
