"Entramos no castelo e seguimos os alunos por corredores sinuosos e iluminados parcialmente por velas, sei que estamos indo para o salão principal, para a Cerimônia de Seleção. Lembro do meu irmão, em casa, falando sobre esse momento.
- ... E agora...
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— A senhora queria falar comigo, professora?
McGonagall me dá um de seus intimidantes olhares decepcionados, está parada ao lado da estátua que guarda a sala do diretor.
— Esta não é a primeira vez que o gelo maligno aparece em Hogwarts, Stra. Morrigan. Esta também não é a primeira vez que ele desaparece subitamente.
Pois é, vamos do início: depois da noite passada, nós voltamos para as comunais. Na manhã seguinte, hoje mais cedo, para ser exata. Todos os lugares de Hogwarts que estavam congelados, agora só estão com poças dágua aqui e ali, e as pessoas atingidas estão fazendo exames na enfermaria neste momento.
— Como da última vez, parece que ele surgiu quando alguém mexeu na Cripta Maldita e desapareceu quando a porta foi aberta — McGonagall continua. — Tenho certeza de que sabe quem foi o responsável por abrir a porta da última vez — engulo em seco.
— Meu irmão...
— Não sabemos ainda como foi que a cripta reapareceu, nem quem mexeu nela primeiro desta vez. Sinceramente, ainda temos muito o que aprender sobre as Criptas Malditas — a professora respira fundo. — Não vou perder tempo perguntando se a senhorita foi a responsável.
McGonagall arruma as camadas de tecido de sua saia.
— A senhorita é a única aluna que demonstrou interesse, coragem e talento para fazer uma coisa dessas. Temos provas do seu envolvimento, portanto vou retirar 50 pontos da Sonserina.
Quase engasgo. Félix vai me matar.
— A sorte é que a senhora não é tão boa em esconder provas quanto seu amigo, o sr. Copper. Algo me diz que se ele estivesse com a senhora, nós nunca saberíamos do seu paradeiro — Ótimo, lembrarei disso da próxima vez. — O professor Dumbledore falará com a senhorita para determinar os temos da sua punição Ratos congelados!
A estátua se move ao som da senha, com o barulho de pedra contra pedra, e se ergue para nos dar passagem. Só eu entro.
— Professor Dumbledore? — adentro a sala repleta de quadros e decoração. Passo a mão por um globo, possivelmente mágico, fazendo-o girar. — Professor?
Fawkes abre o bico em minha direção.
— Um momento, Nyx — o professor me responde de sua mesa, está rodeado de papéis e não deixa de movimentar a pena. — Com certeza você deve entender que tenho assuntos urgentes para resolver.
Dito isso, retorno os poucos degraus até os quadros enfeitiçados e tento bater um papo com o ex-diretor Fineus Nigellus Black, mas ele me corta várias vezes, me chamando de trasgo.
Passo bons minutos averiguando o acervo de livros do Dumbledore, até ser chamada por ele.
— Se me permite, o que o senhor estava escrevendo?
