Cada um com o caos que a si consome.

54. Espinha dorsal do caos.

É confusa a sensação
De não pertencer a lugar nenhum
E pertencer a vários lugares
De ser a peça que falta no quebra-cabeça
E também a que sobra
De querer tornar precoce o futuro
E também deixar o agora escravizar
De ter receio por tudo
E não ter medo de nada
De ter em mim todos os sonhos existentes
E todos pesadelos também
De querer consertar o que não está quebrado
E quebrar o que não exige conserto
É confusa a sensação
De viver