AKASHA • Seongjoong

CAPÍTULO 1 - COVARDE

Eu demorei, mas cheguei com essa side story que tem tudo para ser minha história favorita. Peço perdão pelo capítulo pequeno, é apenas uma apresentação da história.
Os próximos serão maiores e um pouco mais explicados.
Perdoem qualquer erro e boa leitura~

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ

— Esse caminho que você trilhou é péssimo para caçadas, não encontraremos nada lá. Achei que tinha melhorado em achar atalhos, porém vejo que mais uma vez me enganei com você.

A voz de Song Mingi soou calma, mas era nítido sua indiferença com o outro. Todos sentados à mesa contiveram suas falas apenas para escutar com clareza o líder, mais uma vez, diminuir os feitos do outro feiticeiro. Praticamente o coven inteiro participava da reunião preparatória para a caçada, os olhares pousaram sobre si, esperando uma resposta ou quem sabe uma argumentação contra as palavras proferidas a si e seu trabalho.

No entanto, tudo que receberam foi um manear de cabeça, Park Seonghwa novamente estava concordando com o desrespeito que era sempre direcionado a ele, de forma gratuita e sem fundamento.

Na opinião de todos, um covarde.

— Me desculpe, eu irei melhorar. — Foi tudo o que disse, mantendo seu olhar fixo no mapa aberto na mesa, sequer ousaria levantá-lo e enxergar a decepção no rosto dos demais.

— Poupe desculpas e melhore o seu trabalho, caso contrário serei obrigado a colocar San no seu lugar. O que seria uma vergonha para a sua classe, que tipo de feiticeiro Arcanist não é capaz de achar uma boa trilha para caçada? — O homem suspirou. — Alice deve estar muito decepcionada.

Ao ouvir o nome da mulher, todos os pelos do outro homem se arrepiaram, sua mão que estava apoiada na mesa sobre a ponta do grande mapa, rapidamente apertou o papel entre os dedos, o esmagando dentro do punho. Garganta fechada e olhos ardendo, ele queria chorar, mas não podia se deixar levar. Ele não podia derramar lágrima alguma, nunca.

O mais poderoso entre os presentes sorriu discretamente, sabendo que havia tocado em um ponto sensível.

— Novamente, peço desculpas. — Se apressou em dizer antes que sua voz desaparecesse. — Irei estudar um novo caminho e amanhã nos reuniremos outra vez para discutir, pode ser? — Propôs esperançoso, não via a hora de escapar da cabana do líder. Retirou o mapa da mesa e o dobrou em várias partes.

  Este que por sua vez, apenas concordou e fez um gesto de desdém com a mão, parecendo desacreditar que ele seria capaz de tal feito.

— Faça isso e não nos faça perder tempo. — Encerrou o assunto e chamou um garoto de classe inferior, um mero aprendiz que segurava vinhos em uma bandeja, a qual ele claramente cedo ou tarde deixaria vir ao chão pois era nítido que não aguentava o peso. — Pode servir a todos, vamos comemorar!

Rapidamente, todos os copos foram preenchidos pelo líquido roxo avermelhado. O vinho artesanal era feito pelos próprios membros de hierarquia menor, feiticeiros comuns e até mesmo pelo Park quando escapava para o meio deles, tentando se distrair um pouco.

Fingiu tomar um gole da bebida e preparou suas coisas, pronto para partir em direção a sua cabana.

— Se me permitirem, irei me retirar.

Ninguém o ouviu, sequer direcionaram o olhar a sua pessoa. Era melhor assim, que fosse invisível aos olhos daqueles que foram cegados por Mingi.