AKASHA • Seongjoong

CAPÍTULO 4 - RENÚNCIA

Perdoem qualquer erro.
Boa leitura~

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ

 A lua brilhava majestosamente no céu, completamente cheia e sublime. Sua luz era o suficiente para iluminar todo o pátio do coven, mesmo que as estacas de fogo fincadas na terra fizessem um bom trabalho.

 Todos os integrantes estavam reunidos, vestindo sua capas pretas e com as mãos repletas de frutas e alimentos que passaram a tarde cozinhando. No centro do local, um altar fora montado, nele apenas uma Deusa tinha destaque, sua estátua grande e dourada reluzia com o brilho do fogo ao seu redor, proporcionado pelas velas depositadas ali. O altar em si era muito nobre e superior, nada simples.

 Um a um, todos os membros foram andando até ele e se ajoelhando com suas oferendas nos braços, curvavam ao máximo suas costas e pediam por mais poder, antes de depositar seus presentes.

 Ao lado da estátua da deusa, um pouco afastado mas ainda no centro do pátio, estava Hongjoong. Seus braços estavam amarrados para trás, dando a volta no tronco de madeira que foi usado para prendê-los. Em volta dos seus pulsos, uma corda fora colocada de maneira bruta e sem a mínima delicadeza, tão apertada que seu sangue sequer circulava direito naquela região. Mas isso não o impedia de sentir a ardência causada pela fricção com a corda, aos poucos seus pulsos iam ficando cada vez mais machucados. 

 Sua boca estava amordaçada com um pano preto e impedindo de gritar. Onde estava Seonghwa? Porque ele não aparecia logo para o tirar daquela situação? Estava tão conformado em morrer antes, mas naquele momento, nunca desejou tanto viver. Estava em completo desespero e se debatia a todo instante, tentando se soltar, o que era inútil. Mas ele não podia simplesmente aceitar esse fim. 

 A angústia crescia em seu peito conforme ele via que as pessoas na fila para depositar suas oferendas diminuía, assim como sua esperança.

 Mingi observava tudo sentado em uma cadeira de couro vermelha, com a mão no queixo sem conseguir desviar os olhos do humano, se divertia com seu sofrimento, e mesmo que a melhor parte da noite ainda não tivesse se iniciado, aquele era um ótimo entretenimento. San por outro lado estava apreensivo, de início compartilhava os mesmos sentimentos do líder e riu de maneira escandalosa quando entrou na casa de Seonghwa, apagou Hongjoong com um golpe e o arrastou até o pátio.

 Mas quando olhou para o céu, que até minutos atrás estava limpo sem uma nuvem sequer, reparou que algumas caminhavam rapidamente, como se uma tempestade violenta estivesse prestes a chegar.

 Finalmente todos depositaram suas dádivas. O líder bateu palmas, se levantando para chamar a atenção de todos. 

 — Boa noite a todos. Como sabem, hoje a noite será muito especial. — Um sorriso brotou em seus lábios e seus olhos correram até uma pessoa que acabava chegar. — Vejo que todos estão presentes, isso me alegra. — Ele deu alguns passos em direção a Hongjoong, que se desesperou de imediato, debatendo-se ainda mais e murmurando coisas inaudíveis, devido a mordaça. — A grande Deusa tem nos abençoado durante anos com poder, riqueza e alimento. Está na hora de retribuirmos sua imensa bondade, lhe oferecendo este belo humano!

 O sorriso de Mingi aumentou ao escutar gritos de euforia dos membros do Coven, animado por eles partilharam de sua alegria. 

 Seonghwa havia chegado assim que ele começou a discursar e em sua mente tudo estava uma bagunça, suas mãos tremiam e por esse motivo as escondeu atrás do corpo. Tentava se manter firme e imponente, sem transparecer sentimento algum, seja de alegria ou tristeza, de onde estava, o Kim não podia vê-lo e ele agradeceu por isso. Caso contrário, seus joelhos não teriam forças para se manter em pé e ele colidiria diretamente com o chão.