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"Se nós vivemos rápido, nos deixe morrer jovens!" Run - BTS

No entardecer artificial de um dia comum, os ecos suaves de uma canção antiga dançavam pelas paredes da humilde cozinha, onde uma senhora de idade, com cabelos loiros e mãos enrugadas, cantava no ato de lavar a louça. Seu canto, melodioso como o murmúrio das folhas ao vento, parecia carregar consigo os segredos de uma vida bem vivida.

— Todo dia eu quero pegar ela... — a mais velha lavava os pratos enquanto mexia o quadril — Não consigo dormir pensando na lapada dela!

Enquanto as bolhas de sabão dançavam em torno de suas mãos enrugadas, um estranho acontecimento se desdobrava além da soleira da porta de entrada. Um menino encapuzado, seu rosto oculto nas sombras do capuz, apareceu na varanda do trailer. Seus olhos azuis, faiscando com uma curiosidade indecifrável, encontraram os olhos bondosos da senhora que abriu lentamente a porta.

— Olá? — a mulher falou ao homem mais alto que ela — O que deseja?

— O Jimin está? — a voz grossa se fez presente de forma educada.

— Quem seria você? — a mais velha olhou o menino — E o que deseja com meu filho?

— Você é a mãe dele?

— Sim... — a ômega olhou o alfa de cima a baixo vendo as roupas de seda fina — Você é o chefe do Ji?

— Chefe? — Jeon cruzou as sobrancelhas tentando entender. No registro de Park, não mostrava nenhum trabalho. Mas Jungkook teria que entrar na casa, e poderia usar aquilo para si — Claro! Sou... — tentou pensar em um nome de forma rápida — Kim... — sua mente foi longe ao pensar no marido de seu melhor amigo — Kim Taehyung!

— Ah! — a ômega abriu a porta o convidando para entrar — É um prazer conhecer-te!

— O prazer é todo meu... — Jeon se sentiu na cadeira vendo a mulher voltar ao seu trabalho.

— Deve ter algo importante a falar, já que veio até aqui... — tentou tirar algo do de olhos claros.

— É um pouco... — Jeon olhou de forma calma para Aisha — Pretendo dar uma promoção para Jimin.

— Sério! — a mulher largou a panela olhando surpresa para Jungkook.

— Sim! — o alfa se sentiu feliz ao ver o sorriso no rosto abatido da mulher de idade.

— Então, por favor, o espere! — a mãe voltou a lavar as louças — Logo ele deve chegar!

Mal sabiam eles, que Park Jimin subia os trailers e ao cruzar a porta entreaberta, seus olhos se encontraram com uma cena inusitada: o Príncipe do Mundo, de sorriso tímido e olhos afetuosos, estava ali, em sua cozinha, em uma conversa descontraída com sua mãe. A mãe, à sua maneira acolhedora, parecia à vontade, inconsciente do segredo que o destino guardava.

— O que você está fazendo aqui? — o garoto, momentaneamente paralisado, falou sentindo uma mistura de surpresa e nervosismo.

— Vim conversar com você, Ji... — a voz grossa junto do cheiro sensual de vinho entrava pelas narinas de Park o causando sentimentos estranhos.

A Geração Jeon - Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora