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                                    Deku on

A noite escura envolvia cada centímetro do beco, as sombras ameaçadoras pareciam estender suas garras para me puxar de volta para o pesadelo que eu estava tentando escapar. Minhas pernas latejavam de exaustão, mas a esperança teimosa insistia em que eu pudesse me afastar daquela vida de submissão e medo.

O farol do carro que se aproximava era como um olhar sinistro e vermelho que perfurava minha alma. O ronco do motor era como um trovão ameaçador, ecoando minhas piores expectativas.

O alfa, um colosso em comparação com a minha figura frágil, estava diante de mim, sua voz rosnando como trovões de tempestade. O nome "omega" ecoou em meus ouvidos, uma lembrança constante de minha posição inferior na hierarquia da matilha. Seus olhos, frios como gelo, me encaravam com desprezo, sua autoridade incontestável.

Minha voz, quase um sussurro trêmulo, rompeu o silêncio do beco, uma última tentativa desesperada de resistir. Mas o alfa, sem piedade, agarrou meu braço com uma força que parecia arrancar minha pele. A dor aguda correu por meu corpo, enquanto ele me arrastava para o porta-malas com brutalidade, uma prova cruel de seu domínio absoluto.

Quando a tampa do porta-malas se fechou, o cheiro sufocante de cigarro tornou-se opressivo, quase palpável. Cada respiração era uma luta contra a asfixia, uma lembrança constante da minha impotência naquele momento sombrio. Enquanto o carro partia, minha mente estava tomada pelo desespero, e eu sabia que estava sendo arrastado de volta para o pesadelo do qual eu jamais poderia escapar.

Enquanto o carro rugia e ganhava velocidade, eu me encontrava encolhido no confinamento sombrio do porta-malas, como uma presa impotente sendo levada de volta à sua jaula. Cada solavanco da estrada era como um lembrete cruel de que eu estava completamente à mercê daquele alfa impiedoso.

Os minutos se estendiam infinitamente, mergulhando-me em um abismo de pensamentos aterrorizantes. O cheiro do cigarro parecia se infiltrar em todos os cantos do porta-malas, e minha falta de ar era cada vez mais aguda. As lembranças de meu passado sombrio voltavam a assombrar-me, como espectros da minha própria degradação.

O alfa, responsável por essa tortura, estava seguro à frente, indiferente ao meu tormento. O som de sua risada cruel ecoou através da tampa do porta-malas, uma demonstração de seu poder e controle absoluto. Cada quilômetro que nos afastava da liberdade era como uma agulha afiada perfurando meu coração já frágil.

O carro parou abruptamente, fazendo meu coração acelerar ainda mais. Cada centelha de esperança que eu ainda tinha estava prestes a ser apagada, enquanto o alfa abria o porta-malas, revelando minha figura encolhida e trêmula. O brilho sádico em seus olhos me atingiu como uma lâmina afiada, e um calafrio percorreu minha espinha.

Quando ele me puxou com brutalidade, minhas costas colidiram violentamente com o chão áspero, uma dor aguda ecoando em meu crânio quando minha cabeça bateu. Minha visão turvou momentaneamente, mas a visão do alfa sorrindo de forma cruel era inegável. Ele não tinha piedade, não havia compaixão em seu coração, apenas o desejo de me subjugar.

Então, com uma força dominadora, ele me ergueu, minhas pernas enroscadas em sua cintura como um gesto de possessão. Um tapa doloroso em minha bunda foi como um insulto final, uma demonstração de seu controle absoluto sobre mim. A humilhação inundou minha alma, e eu sabia que, naquele momento, eu era apenas um brinquedo nas mãos desse alfa implacável.

Cada novo episódio dessa tortura sombria só alimentava o fogo da minha determinação. Apesar do medo avassalador que me dominava, um pequeno fio de esperança continuava a brilhar, lembrando-me de que, um dia, eu encontraria a força para resistir e desafiar esse destino cruel que estava sendo imposto a mim.

Aquele lugar sombrio que eu conhecia desde a infância agora me envolvia novamente, uma prisão de lembranças e tormentos que me perseguiriam para sempre. Enquanto o alfa me conduzia ao "quarto" que, na verdade, era uma cela, uma sensação de desamparo me invadia. Cada canto sombrio e cada móvel gasto pela idade pareciam murmurar histórias de desespero que se misturavam às minhas próprias.

Ele me soltou com desdém, e o som da porta se fechando atrás de mim era como um eco sombrio da minha sentença. O alfa lançou suas palavras cruéis, revelando o motivo do meu retorno forçado a esse pesadelo interminável. "O próximo cliente está chegando", ele disse com uma indiferença cruel, como se minha humanidade não tivesse valor algum.

Ele saiu do quarto, deixando-me sozinho com a minha dor e as memórias que continuavam a me assombrar. As lágrimas, silenciosamente, começaram a escorrer pelo meu rosto, rios de tristeza e desespero que eu não conseguia conter. Cada gota representava uma parte da minha alma que havia sido quebrada e destroçada ao longo dos anos.

Eu não havia notado as lágrimas até aquele momento, tamanha era a minha angústia. O quarto que eu desejava esquecer se tornava um palco para mais uma tragédia em minha vida. Eu sabia que não havia escapatória e que minha luta pela liberdade continuaria sendo um sonho distante, enquanto eu era apenas um omega descartado em um mundo dominado por lobos cruéis.

"Mas eu nunca vou desistir"- penso

Eu cuido de você - Bakudeku Onde histórias criam vida. Descubra agora