5.

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Dirigi de volta ao meu trabalho, tentando deixar minha frustração para trás. A situação com Izuku tinha me tirado da minha folga e, apesar de minha irritação, eu não podia deixá-lo naquelas condições. Eu tinha feito o que achava certo.

Enquanto trabalhava, minha mente vagava ocasionalmente de volta para a situação em casa. Eu mal conhecia Izuku, mas algo nele me intrigava. Sua fragilidade e o fato de estar sozinho naquelas ruas me fizeram pensar em como ele havia chegado àquele ponto.

Horas depois, finalmente consegui terminar minhas responsabilidades no trabalho e voltei para casa. Estacionei o carro e entrei, esperando encontrar Izuku descansando.

Ao subir as escadas, pude ouvir o som suave de água correndo, indicando que ele estava tomando banho. Isso me tranquilizou, sabendo que ele estava se cuidando. Esperei do lado de fora do banheiro, querendo dar-lhe algum espaço e privacidade.

Quando ele saiu, parecia mais relaxado e limpo. Seus olhos se encontraram com os meus, e havia um agradecimento silencioso em seu olhar.

"Obrigado por me permitir ficar," ele disse suavemente.

Eu acenei com a cabeça. "Você precisa de um lugar para se recuperar. Estou feliz em poder ajudar."

Ele assentiu, mas ainda parecia relutante em se abrir completamente. Sabia que levaria tempo para que ele se sentisse à vontade.

À medida que a noite avançava, preparei um jantar simples e conversamos um pouco mais. À medida que a noite se transformou em madrugada, ofereci a ele um quarto para dormir. Ele aceitou com gratidão e se retirou para descansar. Eu também fui para a cama descansar

                                       (...)

Acordo de manhã com a luz do sol no meu rosto, levanto e já vou direto para a cozinha para fazer o café da manhã para mim e para Izuku, mas quando chego lá, me deparo com o menor bebendo o suco de laranja.

- Olá, senhor Bakugou, eu fiz o café, você quer? - pergunta Izuku.

- Eu já disse que você não precisa me chamar de senhor, você não trabalha para mim - digo - mas vou querer sim. Vou querer ovos mexidos. - Vejo os olhos do menor brilharem.

- Tudo bem, só isso? - aceno com a cabeça, e ele vai até o fogão e pega um prato, colocando os ovos cozidos e logo me entrega o prato com talheres.

- Muito obrigado, parece estar muito bom - digo, colocando suco no copo.

Izuku sai de trás do balcão e... Cacete , ele estava apenas com o moletom que eu tinha emprestado para ele, que mal ia até a coxa dele. Mas antes que eu pudesse completar meus pensamentos...

- COF COF - engasgo, mas não com a comida, e sim com a saliva, porra.

- Senhor Bakugou, você está bem? Calma, vou pegar um copo d'água - ele sai correndo até a prateleira, aí merda quando ele levanta os braços e pega um copo o moletom levanta mostrando uma parte da bunda dele , senhor eu acho que eu vou morrer .Ele vai até o filtro, enchendo-o de água e logo vem na minha direção, me entregando o copo, que eu bebo quase que imediatamente, mas quase engasgo de novo, dessa vez com a água, quando sinto um carinho nas minhas costas. O que está acontecendo comigo hoje?

- Está melhor? - ele pergunta, olhando para mim e parando o carinho. Pena, até que o carinho estava bom. Espera, o que estou pensando?

- Eu estou bem, muito obrigado - digo, mas logo reparo que ele está olhando para o chão - ei, está tudo bem? - pergunto.

- Você achou meus ovos tão ruins que até engasgou, né? - ele diz com uma expressão triste, o que me dá uma pontada no peito.

- Claro que não, seus ovos estão uma delícia, eu só engasguei com a minha saliva - digo, se eu dissesse o real motivo, acho que ele sairia correndo - não fique triste assim. Eu amei sua comida, faça mais vezes para mim, ela estava uma delícia, ok?- digo  e ele acena com a cabeça

Deixamos nossos pratos, copos e talheres que usamos na lava-louça e eu me virei para o menor.

- Hoje eu tenho que ir de novo para a minha empresa, mas se você quiser, você pode ir comigo hoje, que tal? - Caramba no que estava pensando? Lembrei que só queria ficar perto desse ser na minha frente.

- Mas eu não vou atrapalhar? - ele pergunta, fazendo um biquinho e olhando nos meus olhos.

- Claro que não vai, eu fico em uma sala gigante que tem até um sofá, e é chato ficar lá sozinho - digo.

- Então tudo bem, eu vou lá tomar banho e me arrumar - ele diz, saindo saltitante da sala, o que me faz dar um micro sorriso de canto, logo sumindo da minha cara.

Subo para o meu quarto e vou tomar um banho. Me visto como sempre, coloco um perfume e penteio meu cabelo. Logo me olho no espelho e penso: "Eu sou um gostoso".

Desço para a sala e logo vejo Izuku sentado lá, vestindo uma roupa que eu tinha comprado para ele ontem, um conjunto de moletom perfeito para o clima frio.

Ele me olha sorrindo e se levanta do sofá, vindo na minha direção animado. Então, tive uma ideia.

- Com qual você quer? - ele me olha confuso. - Com qual carro você quer ir?

- Com o seu, ué - ele diz, e eu rio.

- Eu tenho 15 carros, qual você quer usar? - digo, e ele arregala os olhos.

- Eu não sei... - ele diz.

- Tudo bem, vem aqui - vou até a garagem pelo elevador, e logo nos deparamos com os 15 carros.

- Uau, esse ali é lindo - ele diz, apaixonado pela Bugatti La Voiture Noire preta.

- Então vamos nele, vem - digo.

- Não precisa , escolhe você - ele diz, mas eu já tinha aberto a porta para ele entrar, então ele entra, e eu logo vou para o banco do motorista.

Ligo o carro, e saímos da garagem, indo diretamente para a minha empresa.

Eu cuido de você - Bakudeku Onde histórias criam vida. Descubra agora