Ladra Dourada °

- "O Ceifador" -

Guil Mars

Quando acordei daquela porrada, vi meus membros presos com algemas... De Fru-fru rosa? Estranho...

Estava em uma sala grande com paredes de concreto e uma pequena fonte de luz amarelada que ficava encima da porta.

Voltei meu foco a situação atual e quando olhei para os lados me deparei com Íris do meu lado, desacordada.

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- Íris! - Exclamei. Sem resposta. Ela estava morta?! Entrei em desespero, quando Íris começou a despertar. - Ah! Você está viva!

- An? Guil...?

- Sim! Sou eu! Como você está?

- Estou bem... Como você veio parar aqui?

- Heitor nos enganou... Ele deve ter pegado Luca e Emy também.

- Caralho... Como isso tudo foi acontecer?

- Vacilamos... Não... EU vacilei. Fui mole e não raciocinei direito. Estava preocupado demais com oquê tinha acontecido com você e acabei colocando o resto equipe em apuros...

- Você não tinha como saber. Tá tudo bem, vamos achar um jeito de sair daqui! - Após essa fala, nós ouvimos a porta se abrindo, revelando Heitor com o mesmo olhar de superioridade de antes.

- Cretino mentiroso. - Exclamei enquanto me debatia.

- Opa opa. Você que foi idiota, eu não tenho nada a ver com isso... Enfim, Íris Liarder e...? - Não respondi. - Sujeitinho número 2. Vocês estão aqui para serem subjugados.

- Subjugados? E vai fazer o que com a gente?

- A julgar pelas algemas, de e ser alguma coisa sexual. - Disse Íris debochando. - Ou pode ser algo mais simples, como apagar cigarros nas nossas costas.

- Não vou apagar cigarros nas costas de ninguém!! Que coisa!! - Bufou enquanto arrumava seu cabelo que tinha sido bagunçado por causa desse chilique. - Enfim... Seus pecados serão perdoados após a penalidade ser completamente cumprida.

- E qual seria a penalidade "Ô grande Juíz"? - Debochou Íris.

- Tortura. - Eu e Íris ficamos surpresos. Tortura? Tipo, tortura grave de verdade? Isso já era de mais! - Não se preocupem, seus cúmplices terão uma penalidade mais leve já que não atuavam na linha de frente. Bom, eu só vim alertá-los disso... Daqui a pouco o encarregado da tortura vai chegar, então eu tenho que ir embora. Boa sorte para vocês. Ah, e mais um detalhe! Se um de vocês quatro morrer... Todo o resto, morre. Força aí "Robin Hood"! - Depois dessa revelação, Heitor fechou as portas rindo, enquanto eu e Íris ficamos atônitos, esperando pelo pior.

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Íris Liarder

Eu estava segurando o choro. Todos estavam ali por minha causa, eu que fui descuidada no Gran Kennedy Sallon e me permiti ser capturada... Agora vamos ser torturados por um pscicopata assassino!

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- O que a gente faz? - Perguntou Guil.

- Eu... Eu não sei... Acho que nada...

- Você vai desistir?

- E O QUE VOCÊ ESPERA QUE EU FAÇA?! Isso não é um filme Guil! Nós vamos morrer...

- Então é isso... Você vai deixar eles fazerem oque quiserem com o seu corpo e com o corpo de todos os seus amigos porque você não vê uma solução no momento? - Eu me calei... Ele está a certo afinal. - A Íris que eu conheço, vai até o fim e sempre consegue oque quer. Ela é determinada, corajosa e a morte não cabe no vocabulário dela. - Eu o olhei surpresa. É assim que ele me vê? - Você não vai desistir e eu também não. Vamos suportar por pelo menos um tempo até chegar o momento em que conseguiremos uma brecha para fugir daqui. Como sempre fazemos em nossos roubos. - Ele me olhou com olhos brilantes de confiança e um sorriso acolhedor.

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Eu não acredito que ele está disposto a sofrer só para conseguir tirar a gente daqui. Estava encarando ele com olhos completamente diferentes de antes. Ele era um homem afinal, com suas próprias convicções e desejos. Isso me encantava. Estávamos praticamente nos comunicando e encorajando uns aos outros com os olhos, quando aquele momento foi interrompido por um homem mascarado entrando bem singelamente na sala.

- Como vão?

- Quem é você? - Perguntei enquanto segurava a tremedeira do meu corpo.

- Eu tenho muitos nomes. "Morte", "A desgraça em pessoa"... Mas o mais popular é "O Ceifador". Enfim, o Heitor me contratou e disse que eu posso fazer qualquer coisa com vocês que não inclua mata-los, infelizmente. Enfim, vamos começar?? - Ele se aproximou de um jeito assustador, e assim o inferno começou.

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Foi horrível. Ele não tocou em mim em nenhum momento, mas torturou Guil de uma maneira inexplicável.

Usando alguns métodos de tortura (que não matavam), incluindo espancamentos, cortes, dentre outras coisas horríveis. Eu não quero citar em detalhes, mas Guil não para de gritar de dor.

Guil estava completamente ensanguentado... Eu estava me segurando ao máximo para não chorar. Então era esse o plano de Heitor? Machucar Guil para me fazer tortura pscicologica e depois me torturar também?

Depois que a sessão acabou, Guil ficou imóvel por muito tempo. Eu entrei em desespero com o estado dele, parecia que ele estava morto...

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- Agh...

- Guil?! Você está bem? Consegue falar? Meu deus, eu tava preocupada pra caralho...

- Agh... Eu tô... Bem. - Disse arfando. - Consigo... Suportar isso. A adrenalina ainda não foi embora, então não está... Agh... Doendo tanto.

- Não se forçe tanto, você precisa descançar... Filhas da puta, cretinos... Quando eu sair daqui, concerteza eu vou fazer questão de matar todos dentro dessa "casa"!

- Olha eu... Preciso descançar um pouco. - Disse com dificuldade e peso na voz. - Vou dormir por um tempo.

- Isso... Descança... Amanhã vai ser um longo dia... - Guil pegou no sono rapidamente, e eu adormeci logo depois.

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No dia seguinte, o ceifador chegou bem cedo e continuou com os assuntos inacabados. Guil nem gritava de dor, porquê sabia que seria pior se ele gritasse.

O ceifador foi embora depois de uma hora. Mas a tarde ele voltou... E sempre fazendo as mesmas coisas de antes...

Ficamos mais algumas horas parados naquela maldita cela. Quando o ceifador voltou, presumi que já era de noite... Mais do mesmo e ele saiu denovo. Até agora, ficamos 2 dias naquele inferno.

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Eu murmurava vários Palavrões como: Cretinos, arrombados, cuzões de merda, filhos da puta, etc. Quando meus vários pensamentos assassinos foram interrompidos por Guil tentando falar.

- Eu... Agh, já sei como... Vamos sair daqui.

- O que?

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- Brenda -

Não queria entrar em muitos detalhes sobre como foi a tortura, porque eu não me sinto confortável escrevendo (e lendo também) esse tipo de merda.

Então vamos deixar o sofrimento no ar, sem muitos detalhes--- 🤡