56 - Cartas.

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Obs.: Esse cap. me deu boas dores de cabeça. Passei raiva, fiquei triste, quase surtei porque não sabia como finalizar e porque eu nunca conseguia finalizarAAAAAAAAAAA, e enfim...LORE.

Não sei mais escrever capítulo pequeno, peguem seus lencinhos e seus lanchinhos, ignorem os errinhos e live laugh and hate Nakamoto Masato 🍷🍷

.........

Izume engoliu seco.

A sala estava envolta de um cheiro doce e forte. Os móveis tão refinados pareciam estar impregnados por aquela fragrância tão sutil e delicada, tentando transmitir uma calma que, no momento, a mulher não conseguia sentir de jeito nenhum. Afinal, estava trêmula, respirava de uma forma quase que falha, ansiosa, com medo. Tinha medo do que estava diante de si.

Sua postura havia se ajeitado mais uma vez, tentando mostrar coragem e confiança, mas ela sabia que não sabia enganar bem. Seus olhos viajaram para a maleta em cima da mesa, guardando algo que até então, ela tinha medo de descobrir o que era. Suas orbes subiram novamente para Masato, o marido tão carregado de uma presença pesada e ameaçadora, e tremeu de novo, sentindo um arrepio pela forma como ele a olhava.

Para alguém que dizia amá-la tanto, ele estava longe de olhá-la com ternura.

A Nakamoto entrelaçou os próprios dedos entre si, deixando outro suspiro ansioso sair enquanto olhava para o homem sentado em sua frente, no outro sofá, separado dela pela mesinha de centro onde a maleta tão estranhamente ameaçadora estava descansando. Sentia o corpo cada vez mais tenso e pesado à medida que o maior continuava a segurar o silêncio e a troca de olhares, sabendo bem que dali, nada bom viria.

O clima na sala de estar estava tão pesado, tão ameaçador, que parecia que até os outros funcionários da casa, mesmo que longe do cômodo, pudessem se sentir incomodados por um calafrio estranho.

Masato era assustador.

— Querido...— Izume engoliu seco, não aguentando mais o silêncio, tentando muito não gaguejar, estranhando como a voz fraca quase que se perdia pela sala — O que aconteceu? Por que me chamou aqui tão perto da janta? Algo aconteceu? O que foi? — Manteu a calma na voz, sorrindo forçado.

O homem continuou com a expressão fechada por alguns segundos antes de abrir um sorriso pequeno sobre os lábios.

— Ah, claro...não é nada demais, me desculpe ser tão de repente, é que...bem, eu só queria conversar com você sobre algo... — Começou, a voz tão calma e gentil, que fez a mulher estremecer. Havia uma gentileza horripilante naquele olhar tão pesado dele, e ela o sentia quase como se fosse uma adaga contra a pele.

— S-sim? — Apertou um dos dedos — Pode falar. — Forçou um sorriso medroso.

Ele sorriu novamente, suspirando antes de voltar a falar.

— Izume...eu estive falhando em algo com você? 

Izume sentiu seu tremor parar por um instante. A respiração falhou, e ela sentiu a garganta fechar antes que uma risada extremamente nervosa saísse para fora e fizesse seu corpo inteiro fraquejar junto com a voz.

— O-o quê? O-o que você quer dizer? "Falhando em algo" comigo? — Riu novamente, trêmula, negando com a cabeça em forma de confusão — Querido, do que está falando? Você nunca...você nunca falhou em nada comi-...

Você acha, Izume? — Ele a cortou, fazendo-a perder toda a força na voz. Seus olhos a encararam, de repente tão frios, que fizeram-na sentir vontade de chorar — Acha que não falhei em nada com você? Desde quando nos casamos?

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⏰ Última atualização: Jun 04 ⏰

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