13 - Aquele brilho se foi. [✓]

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— Hoje? Sério?? — Ayumi reclamou pela segunda vez, fazendo o japonês suspirar de nervosismo.

— Sim, Ayumi! É mais do que justo, eu passei com sua família ontem, então você tem que passar com minha família hoje, simples...— Sorriu forçado.

Ayumi bufou, fazendo bico e tombando a cabeça para trás.

— Não quero...— Concluiu para si mesma. O garoto revirou os olhos.

— E você acha que eu queria? — Suspirou, olhando alguns alunos passarem pelo corredor.

Já era o segundo intervalo daquele dia quando o Nakamoto puxou a Hime para o corredor de sua sala e ali mesmo, frente a frente e escorados na parede, em que ele dissera a ela sobre uma tarde nada desejada na casa dele. Ayumi não conseguia pensar em como agiria na frente do padrasto de seu namorado, principalmente, depois de tudo o que este tinha lhe contado sobre.

Yuta não parecia nervoso com isso, na verdade, sua única preocupação era sobre o que seu pai estava tramando daquela vez. Ele tinha certeza de que tinha algo por trás daquelas tardes em família, e ele tinha que descobrir antes que pudesse dar certo.

— Mas tudo bem...— Ayumi voltou a falar após um suspiro pesado — Juro que vou tentar não falar nada idiota pro seu pai...

— Essa não é minha maior preocupação, mesmo que ainda esteja na lista de coisas nas quais quero evitar de que aconteça...— A encarou, aproximando-se mais um passo, na intenção de evitar que outros alunos que passavam pudessem ouvir a conversa — Tente não acreditar em tudo o que ele fala também...

— Não sou tão boba assim, Nakamoto Yuta...— Ela cruzou os braços, não ligando muito pela aproximação do garoto.

— Que bom saber...— Sorriu irônico, fazendo a garota revirar os olhos — No final da aula me espera em frente à escola...Só lembrando...

— Pode deixar...— Ela respondeu, respirando fundo mais uma vez.

Depois disso, nenhum deles disse mais nada. Apenas o som dos alunos passando e conversando entre si foi ouvido entre os dois. Ayumi estava focada em enrolar seus fios de cabelo com os dedos, mesmo que eles voltassem a ficar lisos depois. Yuta a observava em silêncio. Depois de um minuto estranho sem nenhum dos dois falar nada, a garota o olhou, percebendo só naquele momento que ele a encarava. Ela não deixou de sorrir.

— O que foi? — Voltou a cruzar os braços — Impressionado com minha beleza?

Ayumi riu com a cara indignada do Nakamoto.

— Me perdoe, acho que escutei errado... — O menino se abaixou um pouco, colocando a mão atrás da orelha e fazendo uma expressão desentendida.

— Hahaha! Você escutou direitinho, Nakamoto Yuta! Afinal, vamos ser sinceros...— A menina riu, convencida de suas próximas palavras. O garoto apenas seguia seus movimentos com os olhos — Eu sou a salvação desse relacionamento, Yuta...sou a beleza desse namoro!

Yuta riu desacreditado de primeira, e logo depois riu da cara da menina, que parou na frente dele com os braços cruzados, escorada com o braço esquerdo na parede, e o encarou. Os olhos do japonês chegaram a lacrimejar.

— Me desculpe, formiguinha, mas acho que você se confundiu! — O menino se recompôs, apontando para si mesmo — EU sou o mais bonito da relação, você nem chega aos meus pés!

— Pfff!! Não me faça rir, por favor! — Disse entre risadas, batendo de leve no ombro do garoto — Você pode ser até bonito, mas obviamente eu sou a mais bonita!

— Espera...— O menino rapidamente ficou surpreso — Então quer dizer que você me acha bonito?? — Em segundos, o garoto riu alto, como se estivesse se gabando por isso.  A menina apenas o olhou com uma sobrancelha arqueada — Você acaba de se entregar, formiguinha!!

⇏ Como Não Ser Destinada Ao Seu Inimigo - Yuta ⇍ (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora