Nine

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Boa noite, dipironos ❣️

[📚]



Jimin deixou mais um copo cair no chão e daquela vez, não teve ajuda do outro jovem que trabalhava com ele.

— Merda! — xingou, apressando-se para recolher os cacos de vidro do chão e se desculpando por atrapalhar o trabalho dos colegas do restaurante.

— Ei, Park — um dos garçons mais velhos o chamou. — Vai tomar um pouco de ar, filho. Limpe a bagunça e vá dar uma volta.

Jimin gostaria de recusar o conselho do senhor Kang, mas o homem de mais de 50 anos estava certo e seus olhos quase transbordavam piedade pelo castanho.

— Tudo bem — disse, por fim.

A noite não estava tão agitada, afinal, não a ponto de ser impossível tirar um breve intervalo de cinco minutos do lado de fora.

Depois da cozinha e da área onde deixavam o lixo, havia uma parede de tijolos parcialmente coberta, com algumas cadeiras de sol, onde os funcionários tiravam algum tempo de descanso quando conseguiam.

Jimin jogou o lixo recolhido na lata para a reciclagem e tirou o celular do bolso antes de se lançar numa das cadeiras.

Diferente dos outros dias, não estava nem um pouco sonolento, e justamente naquele dia gostaria de estar. Sua mente não saía da imagem do professor à sua frente, tocando seu rosto.

Mandou uma mensagem rapidamente para Jihan, perguntando como ela estava, se precisava de algo e tentou ignorar as inúmeras tentativas de contato vindas de Min Yoongi.

Não só mensagens, mas ligações perdidas com o número do Min faziam Jimin sentir náusea. Não queria falar com Yoongi, não queria ter que explicar porquê saiu da faculdade sem falar com ele.

A ansiedade gritava só de pensar em questionar o professor a respeito do acordo que tinham feito, o medo da resposta também o deixava congelado.

Ele abriu a conversa, leu rapidamente as mensagens, mas apenas a última o fez soltar um suspiro quase desesperado.

Min Yoongi-sshi:
[Eu vou buscar você e te deixar em casa.
[Não sei o que aconteceu, mas nós vamos conversar, ok?
[Eu estou com você, lembre-se disso.

Jimin agora queria chorar. Estava tão confuso e atordoado, mas não poderia evitar Yoongi, pois mesmo que não aceitasse a carona, o Min sabia onde morava e não demoraria a aparecer por lá.

A porta da cozinha se abriu e ele levantou, assustado.

— Jimin — um colega chamou. — Vamos precisar de você, tem mais clientes chegando.

— 'Tá, eu já tô indo — respondeu rápido, passando a mão no rosto e no cabelo.

Não dava tempo de se lamentar, de chorar ou qualquer coisa do tipo. Precisava voltar ao trabalho.

Tentou se manter mais atento durante o restante da noite e quando deu por si, já estava na hora de limpar tudo e ir para casa.

Lembrou-se de Yoongi. O professor provavelmente já estava a caminho de lá, ele imaginou. Não adiantava fugir agora. Uma hora ou outra teria que falar com ele, nem que fosse para afastá-lo.

Assim que saiu do restaurante, viu o carro de Yoongi estacionado perto da calçada. Seus colegas pareciam não tê-lo percebido, ou não quiseram dar tanta importância a ele, mas Jimin seguiu em sua direção quando Yoongi piscou os faróis para ele.

Greedy Teacher [YoonMin]Onde histórias criam vida. Descubra agora