Imprevisto... (Parte 1)

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Nova manhã, novo dia. Acordei assim que o sol começara a fazer claridade no quarto, estava um ambiente tão bom que não consegui adormecer novamente.
Observei Peter. Era um anjo a dormir, apesar de se babar todo, ahahah. Olhei para o relógio e vi que eram apenas 6h57m. Era tão cedo! Não o queria acordar aquelas horas. Eu nem sei bem se as horas que ele dorme são o suficiente para poder descansar depois de tanta coisa. Levantei-me da cama e aconcheguei-o melhor e beijei-lhe levemente os lábios. Em seguida peguei nos meus produtos de higiene, roupa e fui tomar um banho quente. Depois de relaxar e de me vestir, voltei para o quarto e reparei que Peter já estava meio acordado, apesar de ainda estar na cama.


Peter- bom dia. - sussurrou.


Eu- bom dia :D - disse em resposta.


Ele levanta-se, vem ter comigo e beija-me a bochecha. Despenteai-o e observei a sua cara ensonada e reparei que ele fazia o mesmo comigo. Depois de alguns momentos de silêncio, fui ao meu armário e busquei toalhas lavadas para Peter se poder lavar. Em seguida, despede-se de mim com um beijo e parte em direção à casa de banho. Como não tinha nada para fazer, aconcheguei-me no meu puff, acendi uma luz alta que está junto a ele e comecei a ler uma das minhas mais recentes aquisições "A muralha de gelo" de George R. R. Martin. Como devem de já ter percebido, sou uma pessoa que adora ler, principalmente livros de aventura e ficção. Adoro história e mitologia, apesar de não acreditar que existe um deus para cada coisa.

Pouco depois Peter finalmente aparece já vestido mas ainda com o cabelo todo despenteado. Em seguida de pousar as suas coisas, ajoelha-se junto a mim e beija-me novamente a bochecha, sentando-se depois a meu lado. Apesar de o puff ser para apenas uma pessoa, estávamos lá bem os dois. Nem dei pelo tempo passar, só sei que quando reparei, já o sol conseguia iluminar na totalidade a minha parte do quarto, fazendo com que eu não necessitasse mais da luz alta para ler. Quando finalmente fechei o livro, Peter boceja e olha para mim meio ensonado.


Peter- porque é que fechas-te? Estava a gostar.


Eu- oh, desculpa, nem reparei que estavas a ler!


Peter- não faz mal, continuamos em outra altura.


Olhamos um para o outro e foi então que percebi!!! Passados tantos anos, só agora é que finalmente entendi!!! Peter sempre me dera sinais, por mais pequenos que fossem, de que sempre me amara. Lembrei-me de todas as vezes que ele me abraçou enquanto estava a contar histórias aos meninos perdidos, de todas as vezes que ele sorria para mim e de todas as vezes que ele juntava as nossas mãos e entrelaçava os nossos dedos. Peter sempre me dera sinais e só neste curto espaço de tempo consegui entende-los!!!!!! Olhei-o e sorri. Ele ficou sem jeito e olhou para o teto, mas eu coloco a minha mão no seu queixo e faço com que ele me olhei fixamente e então dou-lhe um beijo intenso e profundo. Quando separei os nossos lábios vi que ele estava vermelho que nem um tomate e eu certamente estaria igual.


Peter- o que... O que é que foi isto...??!!?? 


Eu- eu amo-te tanto Peter...


Ele abraçou-me tão fortemente que nunca mais me apetecia separar o seu corpo do meu...


Peter- obrigado por sempre estares a meu lado.


Leva-me até à Terra do Nunca (PT-PT) HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora