O "novo" amigo

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Peter olhava em seu redor. Os seus olhos estavam vazios, mas ao mesmo tempo cheios, cheios de dor! Aquilo estava a incomoda-lo. Era impossível cada um de nós saber o que é ser torturado e sofrer muito sem motivo.


Peter- eu quero voltar, mas não agora... Não consigo...


Olhei-o nos olhos e dei-lhe um beijo na bochecha.


Ficou um ambiente pesado no quarto. Levantei-me, subi as escadas e deitei-me na cama, estava cansada da viajem então depressa adormeci, mas acordei pouco depois com o meu pai a bater à porta do quarto.


Pai- Wendy?


Eu- eu pai. - respondi do topo das escadas.


Pai- chega aqui por favor.


Desci as escadas e fui até à porta do meu quarto.


Eu- sim pai.


Pai- pergunta ao teu amigo se não quer cá jantar. - disse sussurrando e piscando-me o olho, com isso corei.


Eu- sim pai.


Cheguei junto de Peter, que estava a folhear uns livros na secretaria dos meus irmãos, e perguntei-lhe se queria jantar connosco, só para fazer teatro em frente do meu pai, e ele disse que sim e agradeceu ao meu pai, que ainda estava junto à porta. Assim que o meu pai saiu demos um beijo tão intenso que eu achava que ia cair para o lado.


João- que nojo.


Eu- estou para ver quando tiveres uma namorada, depois falamos do que é nojo.


Ahah, ele ficou super vermelho!


Peter- Wendy, será que podes começar a ler este livro para mim? - perguntou apontando para o primeiro livro da coleção do Harry Potter.


Eu- claro, mas não te esqueças. - disse sentando-me no seu colo - que nem tudo é real como na Terra do Nunca.


Ele assentiu com a cabeça e deu-me um beijo leve e doce.

Passados poucos segundos ouvi a minha mãe a chamar-nos para o jantar...

Leva-me até à Terra do Nunca (PT-PT) HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora