O meu espaço...

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Na manhã seguinte acordei eram 9h. Levantei-me, fiz a minha higiene. Depois disso fui até à cozinha e como habitual passei pela sala para chegar até lá. Peter dormia que nem uma pedra, ahah.

Comecei a preparar o pequeno almoço para todos, canecas, manteiga, leite... Passado um pouco, apercebo-me que Peter já estava acordado e a ir em direção à casa de banho para se lavar... parecia um zumbi ahahah.

Depois de sair da casa de banho, ele vem junto a mim olha-me com um pequeno sorriso.

Peter- bom dia.

Eu- bom dia, meu amor. - disse enquanto ele me dava um beijo doce na bochecha.

Peter- senti a tua falta esta noite. - disse baixinho ao meu ouvido.

Eu- e eu a tua. - respondi sussurrando.

Virei-me para ele e olhei-o atentamente, cada traço do seu rosto e em seguida coloquei as minhas mãos gentilmente em torno do seu pescoço e beijei-o. Foi algo doce e carinhoso ao mesmo tempo. Quando nos separamos ele fez uma pequena carícia no meu rosto e abraçou-me. Graças a Peter ter crescido, quando nos juntávamos em um abraço, eu conseguia ouvir no seu coração e isso, de alguma maneira, reconfortava-me.

Depois de alguns momentos de carícias e mimos (ahahah), ouvimos de repente os passos de alguém nas escadas. Rapidamente nos largamos e Peter vira-me as costas e enche um copo de água que estava na bancada, enquanto eu fiz uma cara séria e continuei a pôr a mesa. Passados alguns momentos o meu pai e a minha mãe aparecem na cozinha.

Pai- bom dia.

Mãe- bom dia meninos. - disse dando-me um beijo na testa de bom dia.

Eu e Peter- bom dia.

O meu pai chegou ao pé de Peter e colocou a mão no seu ombro.

Pai- dormis-te bem rapaz?

Peter- muito bem obrigado. - disse pousando o copo no lava louça.

Pai- fiquei contente de a minha esposa ter chegado ao quarto a meio da noite e dizer que a minha filha estava a dormir sozinha. Quer dizer que cumpriste o combinado.

Peter- sim senhor. - disse com um pequeno sorriso.

Pai- ainda bem, meu rapaz, por seres honesto. - disse também dando um pequeno sorriso. - e por isso eu e a minha esposa tomamos uma decisão importante ontem à noite ao conversar-mos.

Mãe- nós temos um escritório, que é mais utilizado como arrecadação de velharias, e também sabemos que, à medida que o tempo passa, a Wendy está a ficar mais velha e a precisar da sua privacidade. Não é que ela não a tenha pois o quarto onde ela está é grande em termos de altura e então foi possível fazer uma pequena divisão mais alta onde ela tem o seu próprio espaço, mas mesmo assim, pensamos em arrumar o escritório e fazer lá um quarto para Wendy, e assim dar aquele espaço a ti Peter.

Peter abriu muito os olhos que até parecia que brilhavam e em seguida olhou para mim e lancei-lhe um pequeno sorriso. Mas sem estar à espera, ele abraça-me.

Peter- desculpa.

Sem conseguir conter, apenas verti uma pequena lágrima. A verdade é que eu já tinha pedido algumas vezes aos meus pais para fazermos tal coisa. Eu insistia que precisava do meu próprio espaço e que estava a crescer, mas eu só o fazia quando estava chateada com os meus irmãos. A verdade é que eu sempre cresci habituada a estar no mesmo quarto que eles, e isso nunca me incomodou até porque, os meus irmãos não subiam sem a minha autorização e sempre respeitaram o meu espaço e eu adorava aquele cantinho. Tinha uma secretária com divisões para arrumar os livros da escola e com tudo o que era necessário para estudar. Um armário espaçoso para toda a minha roupa de inverno e verão. Uma cama de casal que eu adorava onde me podia mexer o quanto quisesse, com mesas de cabeceira com candeeiros e um puff com um candeeiro alto para as minhas leituras. Eu adorava aquele cantinho e Peter deve de se ter apercebido e então estava a sentir-se um pouco mal por isso, certamente.

Leva-me até à Terra do Nunca (PT-PT) HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora