Inimigos. P1

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Eram como fogo e gelo a se encontrar,
Dois inimigos que no peito a brigar.
Pelo orgulho e pelo rancor dominados,
Mas em segredo, seus corações falavam.

As palavras doces, guardadas no silêncio,
E os olhares de ódio, disfarçados em tormento.
Envolvidos na teia de uma rivalidade ancestral,
Seus destinos pareciam na guerra se encontrar.

E nas noites frias, sob a luz da lua,
Eles se encontravam, corpo a corpo, alma nua.
Passavam as horas, num abraço apertado,
Enquanto o mundo lá fora, parecia esquecido.

Inimigos que se amam, paradoxo insano,
Escondendo o amor num eterno engano.
Nas entrelinhas da batalha, segredos compartilhados,
A paixão proibida, nunca revelada.

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