capítulo cinco

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Avisos gerais: História inspirada no Joel Miller da série, sem apocalipse, contém obscenidades (apenas maiores de 18 anos), leitora feminina s/n, diferença de idade (45x30), Romance, mais de um ponto de vista, uso de álcool, angústia, sexo, oral (m e f recebendo), abuso físico.

Palavras: 1,1mil

Resolvi postar um capítulo extra hoje, é somente pelo ponto de vista do Joel para termos uma noção dos sentimentos dele pela reader. Alguns dos próximos capítulos serão do ponto de vista dos dois.

Quarta-feira tem capítulo novo. 💜

Joel dirige até a delegacia xingando Tommy. Ainda sem acreditar que deixou você para ir ajudá-lo, mais uma vez. Depois de tanto tempo desejando estar com você e logo hoje Tommy apronta de novo. Ele bufa frustrado.

Joel tentou se manter profissional perto de você, mas era impossível, era tão fácil flertar e você reagia tão bem, às vezes provocando de volta, as vezes ficando corada e ele amava a facilidade com que o vermelho cobria suas bochechas.

Ele tinha consciência que a diferença de idade entre vocês era no mínimo dez anos, que você era pouca coisa mais velha que Sarah fazendo uma pontada de culpa surgir em seu peito, mas quando estava ao seu lado ele era só um cara, não sentia nenhum tipo de repulsa vindo de você por ele já ter cabelos grisalhos. Mas também podia ter certeza que tinha caras da sua idade em volta, caras que poderiam te dar uma vida completa ao lado deles, como ele presenciou naquele dia no bar. Quando viu você beijando seu colega, ele segurou o impulso de correr até lá e tirar você dos braços daquele babaca, ainda lembra com clareza como você ficou desconcertada quando viu que ele havia visto você nos braços de outro.

A forma como você se abriu na varanda da casa, sendo tão sincera e verdadeira, ele queria te beijar ali mesmo e teria feito isso e muito mais se o caminhão da entrega não chegasse na hora errada. Quando você contou o motivo por ter vindo para Austin, Joel ao mesmo tempo que sentiu raiva do seu ex, ele também se sentiu culpado quando agradeceu mentalmente por ele ter te traído, não que ele quisesse que você sofresse a dor de uma traição, mas se não fosse por isso provavelmente você não teria vindo para cá e ele nunca teria te encontrado.

Ele sentia seus olhos percorrendo seu corpo algumas vezes, focando em alguns pontos. No dia em que ele tocava violão poderia jurar que viu seus olhos escurecerem um pouco  enquanto você observava atentamente os dedos dedilhando o violão, os mesmos dedos que estavam dentro de você minutos antes.

"Droga, Tommy" Joel esbraveja ao lembrar como você levou seus dedos tão bem, tão escorregadia por ele.

Ele estava curioso sobre os sentimentos que estavam surgindo por você, normalmente se uma transa era interrompida ele seguia a vida sem voltar para aquele ponto novamente, mas com você ele estava ansioso para ouvir seus gemidos de novo, sentir sua língua dançando com a dele dentro da boca, ele amava o som da sua risada e queria ser ele o responsável por elas. Igualmente ansioso ele estava nervoso, não sabia se você iria querer voltar para esse ponto ou se o momento havia passado.

Joel suspira enquanto estaciona na delegacia. Maria estava na recepção esperando Tommy ser liberado. Essa mulher tem um lugar garantido no céu por ainda querer ficar com meu irmão. Joel passa por toda a burocracia, que infelizmente ele sabia de trás pra frente e agora tinham que esperar o delegado liberar.

Joel senta ao lado de Maria, ela conta o que aconteceu, eles estavam dançando e um cara esbarrou neles e foi pra cima de Tommy.

"Joel, sei que o Tommy já aprontou muito, mas dessa vez ele não teve culpa" Maria explica para Joel e ele sente pena dela defendendo o irmão "o cara estava muito bêbado e Tommy só se defendeu dos golpes, mas quando a polícia chegou não quis saber quem tinha começado e trouxeram os dois pra cá" Joel suspira quando ela termina.

"Sempre estou aqui por ele, você sabe" Joel diz e Maria concorda "mas depois de hoje ele está me devendo uma" ele apoia a cabeça nas mãos com medo de ter perdido o timming com você "e das grandes".

"Vou lembrar ele disso" Maria sorri para Joel.
depois de alguns minutos em silêncio ela diz sem jeito "Só...cuida dela, tá?" ele vira o rosto para ela. Maria devia saber que ele estava com você, vocês sumiram do bar na mesma hora.

"Eu quero fazer as coisas do jeito certo com ela" Joel responde com sinceridade, ele viu algo em você que não sabe explicar.

"Ela é especial" Maria diz baixinho.

"Ela é" Joel concorda.

"E já sofreu muito nos últimos meses. O ex foi um canalha" Maria conhecia você há algum tempo, tinham contato virtual enquanto você trabalhava no Brasil e você acabou contando toda a história para ela.

"Ela foi traída, certo?"

"Sim, com a prima dela" Joel arregala os olhos com a informação "parece que seus pais criaram a prima como filha e acabaram ficaram do lado dela"

"Meu Deus" por isso você havia dito que era complicada a relação com seus pais.

"Hoje o ex e a prima estão casados, praticamente roubou a vida dela" Joel está tão em choque que nenhuma palavra sai da sua boca. Maria não dá mais informações.

Tommy surge na recepção e Joel leva os dois para casa de Maria. Durante todo o trajeto ele não troca nenhuma palavra com o irmão, absorvendo o que Maria havia contado e ainda estava bravo com Tommy. Se despede dos dois com um aceno rápido. Joel fica em dúvida se volta para sua casa, sem saber se você gostaria e se queria continuar o que começaram, agora que o fogo baixou. Joel suspira e dirige até sua casa, parando na frente não vê nenhuma luz acesa, pega o celular e procura seu número. Ele digita algumas opções e apaga, todas parecendo diretas demais.

Estou livre agora, está acordada? ...apaga

Vamos continuar de onde paramos? ...apaga

Meu Deus, está parecendo que sou um predador atrás de somente sexo. Ele pensa frustrado, por mais que queira muito transar com você, não quer passar a impressão que quer somente isso.

Para, respira fundo e digita uma mais neutra.

Joel: Hey, aqui é o Joel. Ainda acordada?

Ele aguarda meia hora e sem nenhuma resposta acaba indo para casa.

#

Joel acorda por volta das 8am. Quando chegou ontem tomou um banho rápido e se atirou na cama. Mesmo podendo dormir até mais tarde nos finais de semana, seu relógio biológico não permitia. Ele estava decidido a fazer a coisa certa com você, não podia imaginar a dor que havia passado, ele não queria ser o motivo de você passar por isso novamente. Joel salta da cama quando lembra que irá receber visita neste final de semana. Checa seu celular e não tem nenhuma mensagem sua. Ele sente um aperto no peito, será que foi demais a mensagem e assustou você? Ele deixa o celular de lado e começa a organizar a casa.

H O M E  -  JOEL MILLER Onde histórias criam vida. Descubra agora