capítulo vinte

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Avisos gerais: História inspirada no Joel Miller da série, sem apocalipse, contém obscenidades (apenas maiores de 18 anos), leitora feminina s/n, diferença de idade (45x30), Romance, mais de um ponto de vista, uso de álcool, angústia, sexo, oral (m e f recebendo), abuso físico.
Palavras: 2,8 mil

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Joel entra na casa correndo, mas para assim que vê você deitada no chão, suas mãos estão amarradas, mas seguram o celular perto do seu rosto todo machucado, seu peito está coberto somente pelo top, a camiseta rasgada ao meio cobrindo parte do seu corpo. Suas calças estão abaixados e o estômago dele embrulha ao pensar no que aconteceu aqui, mas o que mais assusta ele é a quantidade de sangue, os olhos percorrem buscando onde está o ferimento, o coração errando o compasso quando enxerga um canivete gravado na lateral da sua barriga. Ele xinga se abaixando até você.

"Baby, baby" ele chama tirando a própria camiseta para estancar o sangue. Segura com uma mão e a outra pega o celular para ligar para a emergência. Dá todas as informações necessárias e pede pressa, ele está temendo pela sua vida, há muito sangue. Passa a mão pelos cabelos que estão no seu rosto, sua respiração está fraca e ofegante, seu rosto branco igual papel, uma pedaço de pano molhado está em volta do seu pescoço. Com certa dificuldade a mão livre consegue soltar a corda dos seus pulsos.

"Baby, fale comigo" você só balbucia palavras sem sentido. Joel coloca a mão nos seus braços e estão gelados, lembra que você reclamou do frio, olha em volta e vê um pano jogado no canto que os pintores utilizaram para proteger o chão durante a pintura.

Vai ter que servir, ele pensa cobrindo você, mas tomando cuidado para o pano sujo não encostar no seu ferimento. Ele queria colocar suas calças de volta, devolver um pouco da sua dignidade, mas não queria mexer no seu corpo com medo de piorar sua situação.

Ele deita atrás de você, sem se importar que as próprias roupas encharquem com a poça de sangue que cobre o chão, abraça você por trás tentando te manter aquecida.

"Fique comigo" ele ficava repetindo enquanto aguardam a ambulância.

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Joel está sentado na recepção do hospital, a cabeça descansa nas mãos no meio das pernas. A calça está com seu sangue seco fazendo desenhos abstratos pelo tecido, uma enfermeira deu um avental hospitalar para ele cobrir a parte de cima já que a camiseta ele havia usado para estancar o ferimento.

A polícia já havia coletado o depoimento dele e estavam na cena do crime com Tommy coletando qualquer pista e prova, eles iriam atrás de Richard agora que sabiam que ele estava pela cidade, ficaria mais fácil pegá-lo, pelo menos era isso que Joel esperava.

Você chegou entre a vida e a morte no hospital, ele sabia que o abdômen era onde ficavam os órgãos vitais e temia que o canivete tivesse perfurado algum. Joel se sentia culpado por ter abandonado você, se ele tivesse te levado junto ou voltado antes, você não estaria nessa situação porque ele não teria deixado você sozinha.

"Oi, Joel" ele levanta a cabeça e Maria está ao lado dele preocupada. "Já tem alguma notícia?"

"Só que ainda está em cirurgia" a enfermeira tinha acabado de passar por ali e informado ele. Joel aperta os punhos ao imaginar tudo o que você passou, seu rosto estava tão machucado, o canto da boca cortado e inchado, a bochecha que ele adorava ver corar estava num roxo profundo.

"Ela vai ficar bem" Maria passa a mão pelo ombro de Joel tentando confortá-lo.

"Ela chegou entre a vida e a morte, Maria" ele sente a voz engasgar.

H O M E  -  JOEL MILLER Onde histórias criam vida. Descubra agora