Há quatro anos, Lucien tomou a decisão de abdicar do seu papel como emissário da corte noturna, renunciando ao seu status e privilégios para buscar uma vida diferente. Ele escolheu viver nas terras humanas, compartilhando seu cotidiano com Vassa e J...
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Azriel se movia silenciosamente pelos corredores do palácio, com passos suaves como sombras. Ele estava indo em direção ao quarto de Lucien, mas hesitou por um momento. A noite anterior, cheia de paixão e desejos intensos, ainda ecoava em sua mente. Aqueles momentos compartilhados na biblioteca tinham sido uma fuga das regras e dos deveres da corte noturna, mas agora a realidade o alcançava.
Ele não tivera coragem de acordar Lucien, o macho que tinha se tornado uma parte de sua noite, e encará-lo novamente. A confusão reinava em seu coração. Como ele poderia explicar o que realmente sentia? E como poderiam seguir em frente, tendo cruzado uma linha tão tênue entre desejo proibido e algo mais?
Azriel estava ciente de que a manhã traria novos desafios e decisões difíceis. Seu coração se agitava enquanto ele se aproximava do quarto de Lucien, pronto para enfrentar o que quer que o aguardasse. Azriel refletia sobre a noite anterior enquanto seguia pelo corredor. Não conseguia lembrar da última vez em que tivera uma noite tão intensa e gratificante. Os encontros fugazes e superficiais que fazia como mestre espião não eram o suficiente para aplacar a solidão que o envolvia.
No entanto, Lucien havia sido uma revelação. Sua beleza ruiva era de tirar o fôlego, mas o que realmente o surpreendera foi a conexão que compartilharam. A forma como Lucien o satisfez não se limitava apenas ao desejo carnal; havia algo mais profundo, algo que ele não conseguia ignorar.
Azriel se perguntava se aquilo era o início de algo novo, algo que ele havia procurado durante tanto tempo. A manhã trazia consigo um turbilhão de emoções, e enquanto se aproximava do quarto de Lucien, sua mente estava repleta de dúvidas, esperanças e a promessa de um futuro incerto.
Azriel não havia cruzado com Lucien durante todo o dia, uma ausência que o incomodava profundamente. À medida que a noite avançava e a hora do jantar se aproximava, ele notou que algo estava errado no palácio. As sombras que costumavam dançar nos corredores com alegria pareciam mais densas e melancólicas.
Quando chegou à sala de jantar, notou Feyre, a Grã-Senhora, com uma expressão tristonha e preocupada. Ela parecia mergulhada em pensamentos sombrios, e Azriel tinha a sensação de que havia algo importante que não estava sendo dito. A ausência de Lucien, uma figura sempre presente em ocasiões como aquelas, também pesava no ar.
A intriga e a preocupação tomaram conta de Azriel à medida que se aproximava da Grã-Senhora, pronto para descobrir o que estava acontecendo e como aquilo afetaria o futuro incerto que se delineava à sua frente.
ㅡ Feyre, o que aconteceu? ㅡ Morrigan perguntou, seu olhar fixo na amiga com curiosidade e preocupação.
ㅡ Lucien deixou a corte. Ele não é mais meu emissário ㅡ Feyre disse com um suspiro pesado, seus olhos tristes refletindo a dor da partida.
ㅡ Já não era sem tempo ㅡ Morrigan respondeu com um sorriso irônico, revelando um toque de alívio em sua expressão.
ㅡ Lucien era meu amigo, ele sempre esteve ao meu lado ㅡ Feyre afirmou, seu olhar ainda triste.
