A Babá do meu Filho - Macó

Nove

Maraisa

Após cansarmos de brincar, cada um foi para seu quarto tomar um banho. Eu havia trago uma roupa reserva, então vesti ela mesmo.

Saí do banheiro já vestida e em poucos minutos Antônio chegou a carinha na porta, me chamando.

— Tia Isa, o papai está chamando para jantar. - falou entrando no quarto ao ver que eu estava vestida

— Então vamos lá, pequeno. - falei pegando em sua mãozinha

Descemos até a sala de jantar e Fernando nos esperava para comer.

— Não quero incomodar. - foi a primeira coisa que falei ao chegar perto o suficiente

— Você não incomoda. - Fernando sorriu - Senta aí - apontou para a cadeira

Servi meu prato e me sentei junto deles. Nós comemos em um silêncio confortável e a cada minuto eu sentia Fernando me olhando.

Logo que terminamos, colocamos as louças na pia, Fernando guardou o que sobrou na geladeira e subimos todos juntos.

Fui em direção ao quarto de hóspedes e Fernando me chamou.

— Maraisa? - parou no corredor

— Oi? - olhei para ele que estava com Antônio no colo

— Vou assistir um filme com o Tony lá no quarto, vem assistir com a gente. - me convidou

— Tudo bem. - sorri - Vou só escovar meus dentes. - falei e ele assentiu

Fui para o quarto de hóspedes e peguei minha escova de dentes na mochilinha que eu havia trago.

Escovei meus dentes, guardei a escova novamente e fui em direção ao quarto de Fernando, o encontrando deitado com Antônio deitado em seu peito. Sorri com a cena e me aproximei timidamente. Eu preciso de umas aulas de falta de vergonha com a Maiara e o Bruno.

— Sobe aí. - falou batendo no espaço vazio da cama e assim eu fiz

Na televisão estava passando um filme do Capitão América, no qual Antônio parecia prestar bastante atenção, pois seus olhinhos nem piscavam.

[...]

O filme terminou e Antônio se aconchegou nos braços do pai, não demorando a pegar no sono. Fernando colocou um outro filme e não percebi em que momento foi, mas sei que eu acabei dormindo.

[...]

Acordei no dia seguinte na cama de Fernando, e logo ouvi o barulho da porta. Quando olhei em direção a mesma, Fernando entrava com uma bandeja de café da manhã, e Antônio tinha um botão de rosa em mãos.

— Bom dia, tia Isa! - Antônio me desejou sorridente

— Bom dia meu amor! - sorri para ele também e logo ele me entregou a rosa

— Para você. - estendeu seu bracinho com a flor

— Obrigada, querido! É linda. - falei sorrindo largo

— De nada. - deu um sorrisinho tímido

— Bom dia, Bela Adormecida. - Fernando falou colocando a bandeja em meu colo e me dando um selinho

— Bom dia. Eu nem dormi tanto assim. - falei - Inclusive, vou perder a faculdade hoje. - fechei a cara e cruzei os braços

— Meu Deus, que dramática. É um dia só. - falou rindo

— Um dia só, que eu posso perder algo importante. - falei ainda de cara fechada dando uma mordida no meu pão

— Seus amigos te passam depois. - falou e me dei por vencida